27 de mai. de 2024, 15:15
— Susete Rodrigues/AO Online
Artur Lima, que falava na sessão de
abertura do IV Curso de Segurança Marítima do Centro do Atlântico
(Atlantic Centre), que decorreu na Base das Lajes, na ilha Terceira,
afirmou ainda que “enquanto país temos o dever de recuperar a
nossa vocação atlântica, sensibilizando a Europa para a nossa
dimensão marítima e não só para a dimensão continental”.
Para Artur Lima, dada a
“continentalização europeia e o alargamento a leste, Portugal tem
perdido a sua vocação atlântica”, daí que seja tempo de o país
e a Europa “agarrarem a oportunidade que o Atlântico representa”
e “ultrapassarem este efeito perverso da integração europeia”,
disse citado em nota de imprensa.
Por isso, o vice-presidente do
executivo regional defende que é preciso “definir uma visão
estratégica para este espaço geográfico que liga as Américas à
Europa”, implicando “ocupá-lo [Atlântico] com mais
inteligência, sabedoria e ambição para aproveitar as
potencialidades e os recursos que este oceano tem e para preservá-lo
como espaço de cooperação e segurança”.
De acordo com o governante, “qualquer
estratégia para o Atlântico só faz sentido com uma valorização
específica e refletida do arquipélago dos Açores”.
Considerando o Centro do Atlântico uma
“boa iniciativa” para “revalorizar o Atlântico”, Artur Lima
realçou que este é um “ponto de partida para o trabalho de
repensar a projeção de Portugal enquanto país desta região
geopolítica mundial”.
Refira-se que o IV Curso de Segurança
Marítima do Centro do Atlântico decorre até 31 de maio, na Base
das Lajes, subordinado ao tema da "Pesca ilegal, não declarada
e não regulamentada no Atlântico", conta com a presença de 42 auditores e 21 oradores
de países e organizações ligadas à
segurança marítima e à regulação e controle das pescas, de toda
a bacia atlântica.