Portugal com tendência crescente de atividade gripal
30 de dez. de 2021, 17:50
— Lusa/AO online
Na
semana de 20 a 26 de dezembro, “estimou-se uma taxa de incidência de
síndrome gripal de 19,9 por cada 100 mil habitantes”, refere o boletim
de vigilância epidemiológica da gripe e outros vírus respiratórios do
INSA.No caso da covid-19, a incidência de infeções estava, na quarta-feira, nos 923,4 casos por 100 mil habitantes a nível nacional.Os
valores de vigilância clínica da gripe, que devem ser interpretados
tendo em conta que a população sob observação foi menor do que em
períodos homólogos de anos anteriores, foram apurados através da rede
médicos-sentinela, um sistema de informação constituído por médicos de
medicina geral e familiar do continente e das regiões autónomas.Já
quanto à vigilância laboratorial, que permite a identificação de vários
vírus respiratórios, o relatório do INSA indica que a rede portuguesa
de laboratórios dos hospitais detetou, na mesma semana, 22 casos
positivos para o vírus da gripe, todos do tipo A.“O
vírus para o qual foi determinado o subtipo é A(H1)pdm09. Foram
detetados outros vírus respiratórios, na sua maioria vírus sincicial
respiratório”, indicou o INSA.Relativamente
ao indicador de gravidade, foi reportado um caso de gripe (influenza A)
pelas 17 unidades de cuidados intensivos que enviaram informação, não
tendo sido comunicadas situações de gripe pelas enfermarias. A
vacinação contra a gripe arrancou em Portugal no final de setembro,
mais cedo do que o habitual devido à pandemia de covid-19, estando já
imunizadas mais de 2,4 milhões de pessoas, segundo os dados da
Direção-Geral da Saúde.Em
Portugal, o sistema de vigilância da gripe e outras infeções
respiratórias é composto pela rede de médicos-sentinela, pelos serviços
de urgência, pelas áreas de atendimento dedicadas a doentes
respiratórios, pela rede portuguesa de laboratórios para o diagnóstico
do vírus da gripe e pelas unidades de cuidados intensivos.Este
programa anual tem início no princípio de outubro, terminando em maio
do ano seguinte, e integra componentes clínicas e laboratoriais.