Autor: Lusa/AO Online
Segundo Fernando Nascimento, que falava na Comissão Parlamentar de Inquérito ao Transporte Marítimo dos Açores, em Ponta Delgada, em causa estão, por exemplo, a reparação do cais do porto da Praia da Vitória (ilha Terceira), o prolongamento do cais de São Jorge, a requalificação do porto das Poças (Flores), intervenções na frente marítima da cidade da Horta (Faial) e dragagens em diversos portos.
Os projetos de algumas destas obras ainda não estão finalizados, pelo que, nestes casos, apenas há uma estimativa do valor.
O responsável indicou que desde 2008 a empresa investiu cerca de 95 milhões em portos e marinas, com exceção das denominadas ilhas do Triângulo (São Jorge, Faial e Pico), que receberam mais de 67 milhões de euros, entre a construção da gare marítima da Calheta (São Jorge), a construção de rampas em diferentes infraestruturas e outras empreitadas.
Na comissão, Fernando Nascimento foi questionado sobretudo sobre a manutenção dos portos da região, inclusive na sequência de um acidente que em 2014 vitimou mortalmente o passageiro de um navio, em São Roque do Pico, quando um cabeço de amarração rebentou, e de outros dois incidentes, na Madalena do Pico e na Horta, onde outros cabeços foram arrancados no mesmo ano.
O presidente do conselho de administração explicou que a Portos dos Açores está a fazer um levantamento das condições dos cabeços de amarração da região, tendo iniciado o processo nas ilhas do Triângulo, e referiu que uma equipa recém-constituída passará a acompanhar a manutenção, já que até agora apenas eram realizadas “inspeções visuais”, sem registos.