"Porto espacial deve beneficiar marienses, açorianos e todo o país"
30 de abr. de 2019, 09:24
— Lusa/AO Online
"Chamámos
todas as ilhas da nossa região a contribuírem com a parte de recursos
do orçamento regional que contribuem para fazer face aos investimentos
em Santa Maria" e, nesse sentido, e não obstante serem os marienses os
primeiros beneficiários do projeto, este deve representar também uma
mais-valia para os Açores no seu todo "e até" para o país, disse Vasco
Cordeiro.O governante falava aos
jornalistas na noite de segunda-feira, após uma reunião tida com o
Conselho de Ilha de Santa Maria, que junta políticos e figuras da
sociedade civil da ilha, encontro a propósito da visita estatutária do
executivo açoriano àquela ilha do grupo oriental. "A
primeira entidade que quer valorizar Santa Maria através do projeto do
'space port' [porto espacial] é o Governo Regional", insistiu Vasco
Cordeiro.Dizer, todavia, que o projeto
deve beneficiar exclusivamente a ilha açoriana, conhecida como a ilha do
sol, "não pode ser", acrescentou.O
presidente do Governo Regional dos Açores classificou recentemente como
um “passo importante e concreto” a publicação do concurso público para a
construção e exploração de um porto espacial em Santa Maria.O
júri do concurso é composto pela presidente da Agência Espacial
Portuguesa, Chiara Manfletti, o vice-presidente da agência e coordenador
da estrutura de missão dos Açores, Luís Santos e o presidente do
Conselho de Administração da Sociedade para o Desenvolvimento
Empresarial dos Açores (SDEA), Vítor Fraga, bem como outras
personalidades da Fundação para a Ciência e Tecnologia e do meio
académico.Na reunião, tida na
segunda-feira com os conselheiros de Santa Maria, foi também abordada a
situação da escola local e as obras que a mesma deve merecer.Para
Vasco Cordeiro, há na região "outras escolas que necessitam de uma
intervenção ainda mais urgente", inclusive devido à presença de amianto,
mas o executivo está comprometido a avançar por fases em Santa Maria,
primeiro com a parte da cantina e refeitório, num investimento de 300
mil euros dos cerca de 1,8 milhões de euros necessários no total.Contudo,
o presidente do conselho de ilha diz que esta posição não convence, e a
parte mais prioritária de recuperar na escola é o ginásio e a
recuperação de algumas casas de banho."Por
vezes, sentimo-nos um pouco com inveja do que vemos noutros lado e
queremos também um pouco para nós. (...) Temos sanitários sem torneiras,
sanitas sem tampa, que não podem esperar que cheguem 1,8 milhões de
euros", disse Daniel Gonçalves aos jornalistas no final do encontro tido
na Vila do Porto.