Segundo
o edital divulgado, o capitão do porto de Santa Cruz das Flores, João
Mendes Cabeças, determinou, após “auscultada a Autoridade Portuária”, o
“cancelamento da interdição da prática a toda a navegação do Porto das
Lajes das Flores”.A forte agitação
marítima que se registou nos Açores durante o fim de semana "fez com que
fossem arremessadas", para o interior da baía do porto das Lajes das
Flores, "pedras que constituíam o antigo quebra-mar", explicou, no
domingo, João Mendes Cabeças.Em
declarações à Lusa, o diretor regional da Mobilidade disse que os
prejuízos verificados no porto das Lajes das Flores e em outras
infraestruturas portuárias dos Açores, devido ao mau tempo na região,
estão estimados em cerca de 25 milhões de euros.Rui
Coutinho adiantou que, no caso específico do porto das Lajes das
Flores, na ilha das Flores, estará em causa um montante de 20 milhões de
euros, sem quantificar “as obras de emergência para proteger a
ponte-cais”, entre outras.Ainda de acordo
com o diretor regional da Mobilidade, o presidente do Governo dos Açores
(PSD/CDS-PP/PPM), José Manuel Bolieiro, no âmbito da reunião do
Conselho de Estado, que decorreu na terça-feira, em Cascais, abordou com
o Presidente da República e o primeiro-ministro a possibilidade de a
região recorrer ao Fundo de Calamidade da União Europeia para fazer face
aos prejuízos causados pelo mau tempo.“O
Governo Regional está a fazer todos os esforços para que se consiga
candidatar a fundos externos os prejuízos, porque não temos capacidade
financeira para investir este montante”, declarou Rui Coutinho.O
diretor regional disse ainda que o mau tempo não vai colocar em causa a
calendarização do projeto de beneficiação em curso, na sequência da
destruição provocada em 2019 pela passagem do furacão Lorenzo.O
molhe do porto das Flores ficou destruído na sequência da passagem do
furacão Lorenzo, em outubro de 2019, originando constrangimentos no
abastecimento à população.A 21 de
outubro, a operacionalidade do Porto das Lajes das Flores foi reposta
com a primeira atracação do navio "Monte da Guia" na nova ponte-cais,
entretanto construída.