Porto comercial aberto à navegação e com capacidade para barcos até 90 metros
Flores
4 de dez. de 2019, 11:30
— Lusa/AO Online
"O porto comercial, a marina e o
núcleo de pesca encontram-se abertos à navegação", embora
condicionados, frisa-se no edital de terça-feira à noite.No
caso do cais comercial, o porto "pode ser praticado durante a noite,
devendo para o efeito ser contactada em antecedência a Autoridade
Portuária e a Autoridade Marítima", e "pode ser praticado o cais -5,
para navios até 90 metros de comprimento e com calado até cinco metros",
frisa o edital.Na marina e núcleo de
pesca, e entre várias especificidades, o capitão Rafael da Silva indica
que estes podem ser utilizados "de noite por mestres, arrais, patrões e
navegadores de recreio com conhecimento local [embarcações que fazem
porto de armamento nas Lajes das Flores]".A
secretária do Governo Regional com a tutela dos Transportes e Obras
Públicas, Ana Cunha, havia estimado em "dois, três dias" o prazo
necessário para o executivo encomendar um novo barco após a publicação
do edital de operacionalidade do porto.Na
semana passada, o presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro,
garantira para "breve" novidades sobre que navio poderá abastecer as
Flores, sendo este agora o "objetivo prioritário", quase dois meses após
a passagem do furacão "Lorenzo"."Será em
função dos dados que resultem deste trabalho que vai ser possível
avaliar que navio é que pode operar ali", acrescentou o governante,
explicando que somente após o edital do capitão se poderia avançar para a
fase seguinte.Durante a passagem do
“Lorenzo” pelos Açores, em outubro, foram registadas 255 ocorrências e
53 pessoas tiveram de ser realojadas.O
furacão causou a destruição total do porto das Lajes das Flores,
estimando-se que o prejuízo registado possa ascender, neste caso em
concreto, a mais de 190 milhões de euros.No
total, o mau tempo provocou prejuízos de cerca de 330 milhões de euros
no arquipélago, segundo o Governo Regional dos Açores, sendo que o
Governo da República irá assumir 85% desse valor.As
ilhas das Flores e do Corvo, no grupo ocidental do arquipélago, estão
com dificuldades no envio e receção de produtos e mercadorias, pese
embora o porto comercial do Corvo tenha passado incólume pelo fenómeno.