Política
Portas diz-se "mais forte" com 95,1% dos votos e compara-se a Sócrates
Paulo Portas afirmou hoje que se sente “mais forte” para “conseguir uma mudança política em Portugal”, após ter sido reeleito sábado líder do CDS-PP com 95,17 por cento dos votos e comparou-se ao primeiro-ministro, José Sócrates.

Autor: Lusa/AO online
Afirmando que o seu “adversário democrático” é o primeiro-ministro, o líder do CDS-PP sublinhou que José Sócrates foi eleito secretário-geral do PS [em Outubro de 2006] com 97 por cento dos votos.
“Eu acabo de ser eleito com 95,2 por cento dos votos. [6.051 votos] Nenhum de nós se pode queixar de falta de apoio. O CDS tem um bom clima e provou a vitalidade do partido”, afirmou Paulo Portas, na primeira conferência de imprensa após a sua eleição, sábado, para um novo mandato à frente dos democratas-cristãos. 
Paulo Portas comparou ainda a participação nas eleições internas do PS, em 2006, com as directas no CDS-PP, afirmando que "enquanto no PS foi de 29 por cento, no CDS foi de 35 por cento".
Nas anteriores eleições, em Abril de 2007, votaram 7.530 militantes. Paulo Portas venceu José Ribeiro e Castro com 5.626 votos, 74,6 por cento, contra 24,9 do anterior líder. 
O líder do CDS-PP afirmou hoje que o resultado obtido lhe deu “um reforço de confiança” e destacou que, não havendo disputa de liderança, “a participação foi significativa e foi superior à verificada em anteriores eleições”. 
“Sinto-me por isso mais forte no primeiro objectivo: conseguir uma mudança política para Portugal”, afirmou, acrescentando que os 6.358 militantes que votaram nas directas [cerca de um terço dos 18.200 militantes activos] “votaram num partido totalmente virado para fora”.
“O CDS votou num partido totalmente virado para fora, para as famílias e empresas. O CDS é um partido que está mais preocupado com o que se passa na sociedade do que com qualquer questão de natureza interna”, frisou. 
O líder democrata-cristão lembrou alguns pontos do documento de orientação política que suporta a candidatura, como a crítica ao “bloco central do PS e do PSD” e a necessidade de “o CDS-PP se diferenciar” para uma “verdadeira alternância.
Questionado sobre se admite eventuais acordos de governação com o PS, se este partido ganhas as próximas legislativas, Paulo Portas remeteu para o documento de orientação política e afirmou que “o CDS não tem como prioridade coligações ou acordos”.
Quanto ao ciclo eleitoral de 2009 – com eleições europeias, autárquicas e legislativas - Portas afirmou “estimar um bom resultado”.