População residente em Portugal com imunidade de 86,4%
Covid-19
23 de dez. de 2021, 12:38
— Lusa/AO Online
Segundo os dados do
estudo promovido pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge
(INSA), as regiões do Algarve e dos Açores foram aquelas em que se
observou uma menor seroprevalência total (80,2% e 84,0%,
respetivamente).“Em relação às
características da população, destaca-se a seroprevalência total mais
elevada na população entre os 50 e os 59 anos (96,5%), nos indivíduos
com ensino superior (96%) e nos indivíduos com duas ou mais doenças
crónicas (90,8%)”, refere o INSA em comunicado. Os
dados adiantam que os grupos etários abaixo dos 20 anos foram aqueles
em que se observaram seroprevalências totais mais baixas (17,9% entre
1-9 anos e 76,8% entre os 10-19 anos).Segundo
o estudo, a seroprevalência (o nível da imunidade da população para a
infeção) relacionada com uma infeção anterior foi de 7,5 %, sendo o
grupo etário 1-9 anos aquele em que se observou uma imunidade total mais
baixa, que se deveu a uma infeção anterior.Relativamente
à imunidade pós-infeção, os resultados indicam “valores globalmente
mais baixos” do que os obtidos na 2.ª fase do inquérito (7,5% versus
13,5%), o que, provavelmente, se encontra relacionado com o decaimento
de anticorpos específicos para o SARS-CoV-2 ao longo do tempo, adianta o
INSA. Os dados revelam também que o nível
de anticorpos específicos contra o SARS-CoV-2 “foram mais elevados nas
pessoas com três doses de vacina e naquelas que foram vacinadas” e
tiveram covid-19, “tendo sido os valores mais baixos estimados para o
grupo de pessoas com uma dose única de vacina”. A imunidade foi mais elevada no grupo de pessoas que referiram ter sido vacinados com as vacinas de mRNA (Pfizer e Moderna).Relativamente
aos antecedentes de covid-19, 27,2 % dos participantes reportou ter
tido contacto com um caso suspeito ou confirmado de infeção. Do total
dos inquiridos, 68,5% referiu ter realizado previamente um teste de
deteção de SARS-CoV-2 e 12,9 % disse ter tido uma infeção prévia pelo
coronavírus.O estudo conclui que “os
resultados obtidos são consistentes com a atual situação epidemiológica,
cobertura vacinal e com os dados obtidos nos estudos de efetividade
vacinal”.