População mundial atinge hoje oito mil milhões de pessoas
15 de nov. de 2022, 13:54
— Lusa/AO Online
De acordo com as Nações Unidas, o tão grande crescimento deve-se ao
aumento gradual da duração da vida humana, às melhorias na saúde pública
e avanços na medicina, mas também a fatores como a nutrição, a higiene
pessoal, e elevada e persistente fertilidade em alguns países.
No anúncio do número simbólico, a ONU nota que por norma os países com
mais altos níveis de fertilidade são também os com mais baixo rendimento
´per capita´, a maioria na África subsariana, o que quer dizer que o
crescimento global da população se vem concentrando nos países mais
pobres do mundo, o que pode impedir a realização dos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS). Segundo
o Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP) os maiores
contribuintes para o crescimento a cada mil milhões desde 2010 são a
Ásia e África, o que voltará a acontecer com os próximos mil milhões, em
2037, com a Europa a contribuir negativamente.
Para o aumento que será assinalado na Índia o maior
contribuinte, com 177 milhões de pessoas, ultrapassando a China, com 73
milhões. A contribuição da China, que ainda é o mais populoso (quase
alcançado pela Índia) deve ser negativa nos próximos mil milhões.
O departamento de assuntos económicos e sociais da ONU nota que chegar
agora a oito mil milhões de seres humanos é um “marco notável”, já que a
população mundial foi inferior a mil milhões durante milhares de anos e
até 1800, e que levou mais de 100 anos a crescer de um para dois mil
milhões. Com um aumento exponencial no
último século, e apesar de um abrandamento gradual mais recente, as
previsões indicam que os nove mil milhões de 2037 passem a 10 mil
milhões em 2058. Na página oficial na
internet a ONU refere que o crescimento populacional aumenta os impactos
no ambiente e que o aumento dos rendimentos ´per capita´ é o “principal
motor de padrões insustentáveis de produção e consumo”.