Autor: Paulo Faustino
Na altura, segundo nota de imprensa, o autarca referiu-se à batalha de La Lys, “evocativa de uma história em comum, embora dolorosa: Belmonte enviou os seus conterrâneos para o norte de França. Os Açores ficaram sem apoio militar, mas os açorianos também combateram em La Lys, por terem sido mobilizados a partir do continente”.
“Para além de uma Memória comum, caso das Comunidades Hebraicas e respetivos espaços sagrados como Sinagogas, ou as Descobertas portuguesas por Gonçalo Velho Cabral, natural de Belmonte, existe muito mais a descobrir em temáticas como o Espírito Santo, o povoamento das ilhas, a emigração para a Brasil ou as cerâmicas tradicionais”, enfatizou.
Sérgio Rezendes evidenciou que, “através dos Colóquios da Lusofonia, a repetirem-se em outubro no concelho de Ponta Delgada, cimenta-se a amizade e parceria com Belmonte, elevando-se ainda mais a Cultura e a Literatura, deixando-se campo aberto à investigação científica entre as duas comunidades”.
De acordo com a mesma fonte, o edil aproveitou a oportunidade para convidar a Câmara de Belmonte para estar presente nos concertos de música hebraica, a decorrer na Sinagoga entre 23 e 25 de abril, e no 36.º Congresso da Lusofonia, a ter lugar na cidade de Ponta Delgada, em outubro.
O vereador da Cultura dissertou em plena Beira Baixa, sobre a profundidade do mar atlântico português e açoriano entre 1914 e 1991.
Na ocasião, José de Mello falou também sobre importantes personalidades da história hebraica em Ponta Delgada.
O evento em Belmonte incluiu ainda a homenagem ao escritor ponta-delgadense Pedro Paulo Câmara, além de concertos com Ana Paula Andrade e a Escola de Música de Belmonte, fortalecendo-se ainda mais o protocolo entre as instituições.
Recorde-se que Belmonte é cidade
irmã de Ponta Delgada desde 2021 através de um protocolo que se propõe
estreitar laços históricos, culturais e de interesses comuns.