Política sobre as Lajes não deve sofrer alterações com Trump
30 de jan. de 2025, 16:47
— Lusa/AO Online
Em
entrevista à Lusa, Luís Andrade defendeu que o Donald Trump, que tomou
posse na semana passada como Presidente dos Estados Unidos, "é muito
imprevisível”, mas que “ainda é prematuro para se ter uma ideia clara do
que irá acontecer”.O docente e estudioso
das relações bilaterais entre Portugal e os Estados Unidos não antecipa
em relação ao país e à Base das Lajes, nos Açores, “grandes alterações,
na medida em que os Estados Unidos sempre contaram com um apoio muito
claro da infraestrutura desde a 2ª. Guerra Mundial”.“Havendo
um acordo bilateral, e ainda por cima Portugal sendo membro da Aliança
Atlântica, não vejo que se corra o perigo, digamos assim, de Trump
querer comprar os Açores”, afirma o especialista, numa analogia face ao
que se está a passar em relações às pretensões norte-americanas na
Gronelândia. De acordo com o especialista,
a administração Trump “veio alterar radicalmente a ordem mundial desde o
final da segunda guerra mundial”, desenvolvendo “atitudes semelhantes
às de [Vladimir] Putin (Presidente russo) e China”. “É
um teocrata que não reconhece a ordem e direito internacional que
existe neste momento. Há quem fale em desordem mundial”, afirma Luís
Andrade.Nesta “nova ordem internacional em
que o estado natural é de guerra, em que não há normas”, adianta, os
países-membros da União Europeia “têm que estar muito unidos
relativamente às respostas a dar aos Estados Unidos”, bem como na
Aliança Atlântica.