Autor: Paulo Faustino
Agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) e da Guarda Nacional Republicana (GNR), a que se deverão juntar guardas prisionais, vão voltar aos protestos em São Miguel, desta vez através de uma vigília a ter lugar em meados do mês, no Aeroporto João Paulo II, que deverá concentrar algumas centenas de elementos.
A escolha do aeroporto acompanha a opção seguida a nível nacional pela plataforma dos sindicatos da PSP e associações da GNR, tendo sido feita estrategicamente para reforçar o “mediatismo” em torno da luta por um suplemento idêntico ao atribuído à Polícia Judiciária (PJ).
Fonte do
Açoriano Oriental admite que a vigília pode fazer convergir para o
aeroporto de Ponta Delgada algumas centenas de descontentes, à
semelhança do que aconteceu com a jornada de luta ocorrida no final de
janeiro, admitindo, por isso, “constrangimentos” ao nível do trânsito e
estacionamento, além do movimento de passageiros poder vir a ser
afetado.
“Se a vigília fosse realizada em junho, julho ou agosto, os constrangimentos seriam maiores para os passageiros, mas a nossa luta não pode esperar até lá”, acrescenta, asseverando que “os polícias estarão unidos” e “os que estiverem de folga vão aderir”.
Os elementos da PSP, da GNR e guardas prisionais reclamam o pagamento do subsídio de risco, no valor de 700 euros, à semelhança do que foi feito para a PJ. Subsídio que - faz notar a nossa fonte - também é atribuído de forma majorada aos profissionais do Tribunal de Contas, do Serviço de Informações de Segurança e aos magistrados do Ministério Público, entidades que, curiosamente, entre as suas funções, “investigam o governo”.
Refira-se que os agentes da PSP e GNR vão regressar este mês aos protestos no país através da realização de vigílias nos aeroportos e portos no dia 15 e de uma nova concentração em Lisboa a 19, reunindo a 2 de março para consultar os associados.
Já a concentração na capital terá lugar no Terreiro do Paço, aproximadamente um mês depois de uma outra, no Largo do Carmo, seguida por um desfile até à Assembleia da República, onde marcaram presença milhares de polícias da PSP e militares da GNR.