Polícias fazem novo protesto com vigília no aeroporto de Ponta Delgada
12 de fev. de 2024, 09:37
— Paulo Faustino
Agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) e da Guarda
Nacional Republicana (GNR), a que se deverão juntar guardas prisionais,
vão voltar aos protestos em São Miguel, desta vez através de uma
vigília a ter lugar em meados do mês, no Aeroporto João Paulo II, que
deverá concentrar algumas centenas de elementos.A escolha do
aeroporto acompanha a opção seguida a nível nacional pela plataforma dos
sindicatos da PSP e associações da GNR, tendo sido feita
estrategicamente para reforçar o “mediatismo” em torno da luta por um
suplemento idêntico ao atribuído à Polícia Judiciária (PJ).Fonte do
Açoriano Oriental admite que a vigília pode fazer convergir para o
aeroporto de Ponta Delgada algumas centenas de descontentes, à
semelhança do que aconteceu com a jornada de luta ocorrida no final de
janeiro, admitindo, por isso, “constrangimentos” ao nível do trânsito e
estacionamento, além do movimento de passageiros poder vir a ser
afetado. “Se a vigília fosse realizada em junho, julho ou agosto, os
constrangimentos seriam maiores para os passageiros, mas a nossa luta
não pode esperar até lá”, acrescenta, asseverando que “os polícias
estarão unidos” e “os que estiverem de folga vão aderir”.Os
elementos da PSP, da GNR e guardas prisionais reclamam o pagamento do
subsídio de risco, no valor de 700 euros, à semelhança do que foi feito
para a PJ. Subsídio que - faz notar a nossa fonte - também é atribuído
de forma majorada aos profissionais do Tribunal de Contas, do Serviço de
Informações de Segurança e aos magistrados do Ministério Público,
entidades que, curiosamente, entre as suas funções, “investigam o
governo”.Refira-se que os agentes da PSP e GNR vão regressar este
mês aos protestos no país através da realização de vigílias nos
aeroportos e portos no dia 15 e de uma nova concentração em Lisboa a 19,
reunindo a 2 de março para consultar os associados.Já a
concentração na capital terá lugar no Terreiro do Paço, aproximadamente
um mês depois de uma outra, no Largo do Carmo, seguida por um desfile
até à Assembleia da República, onde marcaram presença milhares de
polícias da PSP e militares da GNR.