Polícia britânica divulga informação sobre suspeito de desaparecimento de Maddie
3 de jun. de 2020, 21:24
— Lusa/AO online
O homem de 43 anos, que
não foi identificado, tem nacionalidade alemã e está atualmente a
cumprir pena de prisão na Alemanha por um crime também não revelado pela
Metropolitan Police, que considera esta a principal linha de
investigação neste caso.O homem, branco, é
descrito como sendo na altura magro, com 1,8 metros de altura e com
cabelo louro curto, e terá vivido entre o Algarve e Alemanha entre 1995 e
2007, nomeadamente na zona da Praia da Luz e arredores.No
apelo público divulgado hoje, a polícia britânica identifica dois
veículos que terão sido usados pelo suspeito, nomeadamente uma carrinha
caravana Volkswagen T3 Westfalia do início dos anos 1980, branca com uma
risca amarela na parte de baixo e com matrícula portuguesa. O
homem alemão terá vivido na carrinha entre pelo menos abril e maio de
2007 e a polícia espera receber informações de pessoas que tenham visto
este veículo na zona da Praia da Luz antes ou depois de 03 de maio,
quando a criança inglesa desapareceu. Um
segundo veículo, um Jaguar XJR 6 de matrícula alemã, terá sido também
usado pelo suspeito, mas no dia 04 de maio o registo de propriedade foi
transferido para outra pessoa na Alemanha, apesar de as autoridades
britânicas acreditarem que na altura o carro ainda estava em Portugal. Os
dois veículos estão atualmente na posse das autoridades alemãs, que
estão a colaborar na investigação, tal como a Polícia Judiciária, que
tem jurisdição sobre o território português. A
polícia britânica identificou também dois números de telemóvel, um dos
quais usado pelo suspeito no dia do desaparecimento para receber uma
chamada entre as 19:32 e as 20:02 na zona da Praia da Luz.Um segundo
número foi identificado como tendo iniciado a chamada e, embora a
pessoa não estivesse na Praia da Luz, os investigadores acreditam que
possa ser uma testemunha importante.A polícia britânica considera
este telefonema importante porque aconteceu cerca de uma hora antes de
quando se estima ter acontecido o desaparecimento e estão a pedir às
pessoas para verificarem se os usaram, se os reconhecem ou se os têm
registados nos seus contactos. As
autoridades britânicas mantêm uma recompensa de 20 mil libras (22,4 mil
euro) para a informação que resulte na condenação da pessoa ou pessoas
responsáveis pelo desaparecimento.“Embora
este homem seja suspeito, mantemos uma mente aberta quanto ao seu
envolvimento e esta continua sendo uma investigação sobre pessoas
desaparecidas. O nosso trabalho como detetives é seguir as pistas,
manter a mente aberta e estabelecer o que aconteceu naquele dia em maio
de 2007”, disse hoje o responsável pela investigação, o Inspetor Chefe
Mark Cranwell.Madeleine McCann desapareceu
poucos dias antes de fazer quatro anos, a 03 de maio de 2007, do quarto
onde dormia juntamente com os dois irmãos gémeos, mais novos, num
apartamento de um aldeamento turístico, na Praia da Luz, no Algarve.A
polícia britânica começou por formar uma equipa em 2011 para rever toda
a informação disponível, abrindo um inquérito formal no ano seguinte,
tendo até agora despendido perto de 12 milhões de libras (14 milhões de
euros). A Polícia Judiciária (PJ) reabriu a
investigação em 2013, depois de o caso ter sido arquivado pela
Procuradoria Geral da República em 2008, ilibando os três arguidos, os
pais de Madeleine, Kate e Gerry McCann, e um outro britânico, Robert
Murat.