Poemas "à maneira de..."

Experiências Poéticas

13 de nov. de 2023, 20:08 — Neurónio

À maneira de Camões   Mote   Calçada vai para o campo Maria pelas rosas Vai confiante e cheirosa   Voltas    Leva nas mãos uma rosa Que é muito espigosa E na cabeça uma lembrança Que se transforma numa trança Maria vai esperançosa E leve como criança Vai confiante e cheirosa   A pele branca como papel E nos seus dedos um anel Anda muito silenciosa Igual a uma rosa Tem olhos de doce mel E sorri muito formosa Vai confiante e cheirosa   Marlene Couto e Tatiana Duarte, 8.º D     Mote    Chuta e vai para a glória  Eusébio pintado de encarnado  Vai pantera mais parece um tornado    Voltas   Leva no galho o cachecol  Para os ver jogar de gravata  Por mais vezes que a bola seja ingrata  Bem diz o hino que nunca encontraste rival  O amor que sinto por ti é maior que Portugal  Entrem em campo e honrem o manto sagrado  Vai pantera mais parece um tornado    Tamanha paixão que Cosme Damião planta  Percorre pela catedral a águia   Que nas noites gloriosas o leão extinguia   Tão lindas as vezes que foste às Antas Deixar o dragão transtornado  Vai pantera mais parece um tornado     João Vieira, 8.º A       A Escola é um inferno que arde sem se ver, é trabalho de casa que doi e se sente; é um descontentamento descontente; é dor que doi e fica a doer.   É uma coisa que nós não queremos; é um trabalho sempre constante; é mandar trabalhos que nunca faremos; é um problema que fica na estante.   É estar preso aos livros sem vontade; é obedecer a quem não gostamos, é alguns acharem-se majestades.   Mas como causa a escola tantos sofrimentos, nos corações dos seus alunos, Se na escola se transmitem bons sentimentos?   Isa Sousa e Jorge Rebelo, 8.º A     A solidão é um tormento que te mata sem sentir É um golpe fatal que te faz refletir É uma mágoa que ninguém deveria sentir É uma dor tão grande que faz querer desistir   É um não querer mais viver É um andar solitário que te faz morrer É um não saber o que está a acontecerÉ um pensamento de querer desaparecer   É um sentimento que está preso na mente É estar preso numa jaula mentalmente É uma prisão em que estou eternamente   Será que esta dor é permanente? Na minha mente não cresce uma semente Mas faz-me querer ir embora constantemente.   Bruno Santos e Paulo Martins, 8.º D   À maneira de Florbela Espanca   Ser ou não ser   Ser jovem é tortura É abertura para um caminho desconhecido É ter um futuro inesperado Como irei ser um jovem preparado?   Na escola vêm-me como um número E não como um aluno Apenas um mero criado A tentar cumprir o seu ditado   Ser jovem é uma ditadura É seguir sempre a mesma pintura De outros jovens também sofredores desta cultura   Ser jovem é dor, é castigo, é fingir-se galã É como ser obrigado a fazer um poema Às onze e meia da manhã   Maria Carolina Benevides e Rita Oliveira, 8.º A     Ser Avô   Ser Avô é ter muita sabedoria E carinho sem comparação. É ter sábia comunicação É ter todo o dia infinita alegria.   Ser Avô é ser a melhor companhia É dar-nos sempre a mão. É oferecer o coração É ter a mais sábia empatia.   Ser Avô é ser leal, É ser importante E é ser essencial.   Ser Avô é ser solidário É ser inocente É ser extraordinário.   Mateus Mota e Rodrigo Pires, 8.º A