Pode ser preciso reforçar medidas nas escolas secundárias
Covid-19
20 de jan. de 2021, 12:50
— Lusa/AO Online
Numa atualização informativa
semanal, a OMS diz que os adolescentes entre os 16 e os 18 anos
transmitem o vírus “tão frequentemente quanto os adultos e mais
prontamente do que crianças mais novas” e acrescenta ainda que foram
relatados mais surtos nas escolas secundárias do que nas primárias.“Em
particular, os adolescentes mais velhos devem ser lembrados para
limitarem o risco de exposição fora dos ambientes escolares, evitando
situações de alto risco, incluindo espaços lotados, de contacto próximo e
mal ventilados”, refere.O OMS cita
estudos que sugerem que as crianças menores de 10 anos são menos
suscetíveis e infeciosas do que as mais velhas e aponta uma investigação
na Noruega, entre agosto e novembro de 2020, que encontrou “transmissão
muito baixa de criança para criança e de criança para adulto em escolas
primárias (crianças de 5 a 13 anos) que tinham medidas de prevenção e
controle de infeção em vigor”.“Estudos de
carga viral sugerem que as crianças com sintomas carregam tantos vírus
no nariz, boca e garganta quanto os adultos, mas por períodos mais
curtos, com pico de carga viral respiratória logo após o início dos
sintomas, seguido por um rápido declínio”, explica.Nas
escolas, a OMS aponta os dados recolhidos no Reino Unido relativos à
Grã-Bretanha e Irlanda do Norte que sugerem que a transmissão do novo
coronavírus entre o pessoal operacional era mais comum, entre
funcionários e alunos menos comum e de aluno para aluno era ainda menos
frequente.No entanto, sublinha que há
“poucas evidências” de que os funcionários das escolas corram um risco
maior de infeção quando estão no ambiente escolar do que a restante
população adulta. “Na verdade, os dados de
vigilância nacional do Reino Unido indicam que os funcionários das
escolas correm menor risco de infeção em ambientes escolares, quando
comparados à população adulta em geral”, refere a OMS.A
organização cita ainda um outro estudo, abrangendo 57.000 cuidadores em
creches nos Estados Unidos da América, que concluiu que “não havia
risco aumentado de infeção” para os funcionários.Reconhece
que as evidências sobre o efeito do encerramento de escolas para
reduzir a transmissão do vírus na comunidade são inconclusivas e diz que
o aparecimento de novas variantes mais transmissíveis do novo
coronavírus precisa de uma análise adicional, por sexo e idade, para se
medir como estas novas estirpes afetam as crianças.Contudo,
refere que, se se provar que as crianças são mais afetadas, “as medidas
de saúde pública podem precisar de ser adaptadas”.