PM espera “sucesso tão rápido quanto possível” em negociações com AstraZeneca
UE/Presidência
27 de jan. de 2021, 17:22
— Lusa/AO Online
“O
calendário de vacinação é conhecido e espero que não haja mais
problemas com o fornecimento das vacinas por parte da indústria e que as
negociações que estão em curso com a AstraZeneca tenham um sucesso tão
rápido quanto possível”, frisou António Costa durante uma intervenção,
por videoconferência, na sessão plenária do Comité Económico e Social
Europeu (CESE), onde apresentou as prioridades da presidência
portuguesa.O chefe do executivo defendeu a
necessidade de uma resolução célere do diferendo que opõe atualmente a
Comissão Europeia à farmacêutica da AstraZeneca por entender que, “se
houver uma quebra das relações contratuais ou algum percalço na cadeia
de produção e de distribuição” das vacinas, o processo de vacinação
“será comprometido”.Nesse âmbito, Costa
referiu que o objetivo coletivo da União Europeia (UE) em termos de
vacinação, que foi “bem anunciado” pela Comissão Europeia na semana
passada, é o de “atingir o nível de imunidade comunitária à escala da
UE” até ao verão.“E é fundamental que seja
à escala de toda a União, porque só assim é que restabeleceremos o
mercado interno e as liberdades de circulação de uma forma plena”,
apontou. O primeiro-ministro referiu ainda
que a UE não conseguirá vencer a pandemia “sem uma recuperação
económica e social”, mas também não terá a “recuperação económica e
social” se não conseguir, “simultaneamente, vencer a pandemia”. “Não
há uma alternativa: temos de andar mão na mão, simultaneamente, com
estas duas pernas: mais vacinação, mais recuperação, mais vacinação,
mais recuperação. E é assim que construiremos juntos o futuro da
Europa”, concluiu António Costa após o debate com os membros do CESE.Em
agosto de 2020, a Comissão Europeia assinou um contrato com a
farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca para aquisição de 300 milhões de
doses da vacina contra a covid-19 produzida em colaboração com a
universidade de Oxford, com uma opção de mais 100 milhões de doses.Porém,
na semana passada, a AstraZeneca anunciou que pretende entregar doses
consideravelmente menores, nas próximas semanas, do que o acordado com a
UE, o que Bruxelas entende ser inaceitável e uma possível violação do
contrato.