PM espanhol inicia 5.ª feira conversações para pacto de reconstrução do país
Covid-19
14 de abr. de 2020, 17:47
— Lusa/AO Online
Sánchez apelou na
semana passada a todos os partidos políticos a participar no diálogo que
pretende promover para se chegar a um grande acordo económico e social
para a reconstrução do país após a crise do novo coronavírus.Na
conferência de imprensa depois do Conselho de Ministros de hoje, a
porta-voz do executivo espanhol, María Jesús Montero, anunciou o início
desta ronda de contactos que começa quinta-feira com o maior partido da
oposição e termina sexta-feira com o mais pequeno dos que têm
representação parlamentar.O PP já fez
saber que considera a forma como o seu líder foi convocado, através da
imprensa, para esta conversa um novo "insulto" por parte do Governo, e
avisou que a decisão sobre se Pablo Casado irá ao encontro será tomada
quando o gabinete de Sánchez "telefonar" a informar sobre os temas a
debater.O presidente do PP manifestou a
opinião durante o último fim de semana que a proposta do chefe do
executivo de alcançar um grande pacto de Estado semelhante aos chamados
Pactos de Moncloa esconde uma tentativa de encobrir a sua
"incompetência" na gestão da crise do coronavírus.Na
sua opinião, os Pactos de Moncloa de Sánchez são os assinados em
janeiro último com o líder do Podemos (extrema-esquerda coligada com o
PSOE no Governo) e o da ERC (independentistas catalães) que permitiram a
formação do atual Governo minoritário.A
porta-voz do executivo explicou que a intenção do Governo é que este
diálogo seja posteriormente alargado aos agentes sociais e às
comunidades autónomas."Todos aqueles que
querem contribuir terão a oportunidade de o fazer", disse Montero, que
acrescentou que o Governo espera que a sua "oferta sincera" seja
respondida com "grande espírito e generosidade" por todos ao abordar
este diálogo.Os Pactos da Moncloa foram um
compromisso assinado no palácio com o mesmo nome, que é a sede do
Governo espanhol, durante a transição democrática espanhola, em 25 de
outubro de 1977, e que teve o apoio de partidos, associações
empresariais e sindicais, com o objetivo de procurar estabilizar o
processo de transição para o sistema democrático.Apesar
de criticar duramente o Governo socialista pela forma como tem
conduzido o processo de luta contra a covid-19, o PP tem dado o seu
apoio ao prolongamento do “estado de emergência” em vigor desde 15 de
março, ao contrário do Vox (extrema-direita), o terceiro maior partido
representado no parlamento, que não apoiou a continuação desse período
de exceção.