PM elogia cidadãos por “comportamento exemplar” em situação de crise
Covid-19
12 de mar. de 2020, 11:10
— Lusa/AO Online
“Um dos
fatores que retardou a expansão da epidemia em Portugal foi o facto dos
portugueses espontaneamente terem aderido às recomendações que foram
dadas, quer de higiene pessoal de lavar as mãos, quer de adequarmos uma
nova forma de nos cumprimentarmos”, disse António Costa.“Menos
beijinhos, menos apertos de mãos, mais acenos de cabeça e acenos de
mãos. Esse tem sido um esforço muito importante, mesmo a forma como as
pessoas, voluntariamente, se têm disponibilizado a ficar em situação de
confinamento”, salientou.António Costa
falou aos jornalistas depois de um jantar com Angela Merkel, na
Chancelaria Federal, em que o tema do novo coronavírus também esteve em
discussão.O primeiro-ministro convocou
para quinta-feira os líderes de todos os partidos com assento
parlamentar, para a sua residência oficial, em São Bento, em Lisboa.“Estou
sobretudo à espera de poder dar informação daquilo que está a ser
feito, ouvir as críticas que os partidos tenham a fazer, as sugestões a
apresentar, porque obviamente isto não é uma guerra entre o partido do
vírus e o partido contra o vírus”, adiantou.“Esta
é uma batalha em que, felizmente, estamos todos juntos contra uma
pandemia global e temos de encontrar as melhores respostas possíveis
(…). Temos de ter uma visão comum porque é um esforço nacional, e digo
mesmo mundial, que temos todos de o fazer em conjunto”, salientou.António
Costa salientou que “é dever do Governo ouvir os outros partidos, as
ideias que têm, tomar nota de críticas que tenham a fazer”.“Até
agora, quer o conjunto do sistema político, quer sobretudo os cidadãos,
têm tido um comportamento exemplar nesta situação de crise. Acho que é
assim que temos de continuar, porque tem dado bons resultados”,
defendeu.António Costa jantou hoje com
Merkel, uma reunião de trabalho que considerou necessária para debater
temas como o orçamento comunitário, os novos conselhos europeus e a
presidência portuguesa da União Europeia.“Acho
que temos de evitar as deslocações não necessárias. Esta é a grande
prioridade do momento, mas há um trabalho que não pode deixar de ser
continuado, nomeadamente, o esforço de negociação que temos de fazer
todos para encontrar tão cedo quanto possível um acordo sobre o quadro
financeiro plurianual da União Europeia (…)”, acrescentou.O
chefe do executivo português lembrou que “o tempo vai continuar a
correr e não vai ficar à espera de que o coronavirus fique resolvido”,
pelo que é preciso “continuar a trabalhar”. António Costa despediu-se de Angela Merkel com um aceno de cabeça, repetindo a saudação inicial.