PM da Finlândia lamenta atrasos na ratificação da entrada do país e da Suécia na NATO
28 de nov. de 2022, 12:33
— Lusa/AO Online
“O
processo está a demorar mais do que gostaríamos. Já deveríamos ter sido
aceites e o processo de ratificação deveria estar concluído”, disse
Sanna Marin numa entrevista na rádio pública finlandesa, citada pela
agência EFE.No entanto, a governante
sublinhou que, apesar dos atrasos, a segurança dos finlandeses não está
em perigo, e enfatizou a importância de a Finlândia e a Suécia poderem
aderir à NATO ao mesmo tempo.Com o início
da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro deste ano, a Finlândia e a
Suécia apresentaram uma proposta conjunta para ingressar na Aliança
Atlântica em maio, abandonando décadas de não-alinhamento militar.Esta
adesão requer a aceitação, por unanimidade, dos 30 Estados-membros da
NATO, que foi ratificada por todos, incluindo Portugal, com exceção da
Turquia e da Hungria.Ancara acusa os dois
países, com maior veemência a Suécia, de servirem de refúgio a
militantes próximos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), bem
como por albergarem representantes das Unidades de Proteção do Povo
(YPG), ativas na Síria, que a Turquia considera como organizações
terroristas.Na semana passada, numa visita
a Ancara, o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, prometeu
responder às inquietações expressas pela Turquia na luta contra o
terrorismo, com o objetivo de levantar todos os obstáculos à adesão da
Suécia à NATO.O Parlamento sueco votou,
também na semana passada, uma emenda à Constituição que permite à Suécia
endurecer as leis contra o terrorismo, medida exigida pela Turquia.Especialistas
em segurança observaram que a emenda, que entrará em vigor em janeiro,
vai permitir chegar mais facilmente ao procedimento de buscas a membros
do PKK, classificado na lista de organizações terroristas, entre outros,
pela própria Suécia e pela União Europeia (UE).Já
a Hungria adiou, na quinta-feira, a ratificação da adesão da Suécia e
Finlândia para 2023. O parlamento húngaro irá pronunciar-se sobre essa
matéria, votando-a “na sua primeira sessão” do próximo ano, declarou o
primeiro-ministro nacionalista, Viktor Orbán.Orbán garantiu, contudo, aos dois países do norte da Europa o seu apoio para se juntarem à NATO.