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Ucrânia
PM da Eslováquia sublinha necessidade urgente do país abandonar gás russo

O primeiro-ministro da Eslováquia, Eduard Heger, disse que o país percebeu a necessidade de se desligar total e rapidamente do gás russo, do qual ainda depende apesar de há 15 anos vir diversificando as fontes de energia.


Autor: Lusa/AO Online

"Por muito tempo trocámos os nossos valores por gás e petróleo baratos", reconheceu o chefe de Estado do governo eslovaco, que faz fronteira com a Ucrânia e já acolheu 70.000 refugiados da guerra.

Heger indicou que o seu país está perto de não precisar de abastecimentos russos, mas salientou que para isso precisa do apoio da União Europeia.

"Somos um país do interior e precisamos da mesma fiabilidade que os parceiros à nossa volta", declarou a um painel, enquanto orador no Fórum Económico Mundial de Davos.

Ao mesmo tempo, considerou que a guerra na Ucrânia é o custo a pagar pela Europa por ceder "durante demasiado tempo" os seus valores ao Presidente russo, Vladimir Putin, e que a lição a retirar é que também não se deve "comprometer os nossos valores entre nós [países europeus]".

"Isto não significa que tenhamos de expulsar alguém [da UE], esse é o último passo, porque se aí chegamos significa que fizemos algo errado em termos de unidade e cooperação", vincou.

O primeiro-ministro eslovaco apelou ainda à UE a continuar o seu apoio inabalável à Ucrânia para ganhar a guerra.

"Se a Ucrânia perder, a Eslováquia será a próxima", alertou.