PM britânico tenta moderar expectativas sobre velocidade de vacinação
Covid-19
2 de dez. de 2020, 18:35
— Lusa/AO Online
"Penso que, nesta fase, é
muito, muito importante que as pessoas não tenham esperanças muito altas
sobre a velocidade com que seremos capazes de implementar esta vacina”,
avisou, durante o debate semanal no parlamento.A
campanha de vacinação, disse Johnson, vai começar “a partir da próxima
semana” com 800 mil doses da vacina Pfizer/BioNTech, suficientes para
400 mil pessoas (cada pessoa precisa de duas doses), e o governo
britânico aguarda mais "vários milhões de doses" antes do final do ano.A
agência de medicamentos britânica anunciou hoje que aprovou a vacina
Pfizer/BioNTech contra a Covid-19 após “análises rigorosas”, tornando-se
a primeira autoridade sanitária ocidental a aprovar uma vacina contra a
doença.A Comissão Conjunta de Vacinação e
Imunização do Reino Unido estabeleceu uma ordem de prioridades com que a
população de 66 milhões de habitantes deve receber a vacina, colocando
no topo residentes e funcionários de lares de idosos, seguidos por
idosos com mais de 80 anos e profissionais de saúde. A
lista continua depois em contagem decrescente em termos de grupos
etários e pessoas vulneráveis em termos de risco ou problemas de saúde. Porém,
o primeiro-ministro britânico deu a entender que a ordem de prioridade
poderá ser afetada pela necessidade de armazenar a vacina
Pfizer/BioNTech a temperaturas muito baixas, limitando o seu transporte e
distribuição.As duas doses são administradas com diferença de aproximadamente um mês.“Este
tipo específico de vacina rapidamente para os lares de idosos, porque
ela precisa ser mantida a 70.º negativos, tem desafios logísticos a
serem superados para que as pessoas vulneráveis tenham acesso à vacina
de que precisam”, justificou.Boris Johnson
prometeu avançar com a vacinação "o mais rápido possível” mas vincou
que a atual estratégia de restrições locais e testes rápidos durante os
"meses difíceis de inverno”, indicando que a operação deverá
prolongar-se pelo menos até à primavera de 2021.
O Reino Unido garantiu 357 milhões de doses de
diferentes projetos de vacina contra a covid-19 ainda durante a fase de
desenvolvimento, incluindo 40 milhões da Pfizer/BioNTech, mas a maioria
ainda não foi aprovada nem entrou na fase de produção. Segundo
o Daily Telegraph, o exército, que ajudou a montar hospitais de
campanha e a coordenar operações de testagem, está a transformar cerca
de 10 locais em centros de vacinação, nomeadamente estádios de futebol e
centos de exposições. Centenas de outros locais mais pequenos vão também funcionar, em paralelo com centros de saúde e farmácias.