PM britânico pede a André de Inglaterra que partilhe informações sobre caso Epstein
Hoje 12:56
— Lusa/AO Online
Sem fazer referência direta ao irmão do rei
Carlos III, Starmer defendeu que, como "princípio geral", qualquer
pessoa que tenha "informações relevantes" sobre o caso deve "estar
disposta a revelá-las"."Não farei
comentários sobre o caso em particular. Mas o princípio geral que tenho
defendido há muito tempo é que qualquer pessoa que tenha informações
relevantes relacionadas com este tipo de casos deve fornecer essas
provas a quem delas necessitar. Essa seria a minha posição geral a este
respeito", afirmou o primeiro-ministro britânico, em declarações à
comunicação social feitas em Joanesburgo, na África do Sul, onde
participa na cimeira do G20.Apesar de
André Mountbatten-Windsor ter negado repetidamente o envolvimento em
qualquer crime, o rei Carlos III retirou oficialmente o título de
príncipe ao irmão no início deste mês, no quadro de constantes acusações
e suspeitas sobre as suas ligações com o antigo financeiro Jeffrey
Epstein, preso e à espera de ser julgado por crimes sexuais e abuso de
menores quando foi encontrado enforcado numa cela.A
família real britânica não só iniciou o processo formal para retirar os
títulos de André, como também o expulsou da mansão onde residia em
Windsor, a oeste de Londres, numa ação que defendeu como "necessária",
apesar de o antigo príncipe continuar a negar as acusações contra si.O
próprio André anunciou em outubro que renunciava aos títulos, entre
eles o de duque de York, por considerar que "as contínuas acusações"
contra ele "distraíam" o trabalho do rei e da família real, mas antes
ainda, em 2019, tinha anunciado que abandonava as atividades públicas
devido ao escândalo.Jeffrey Epstein, que
chegou a conviver com personalidades como o príncipe André de Inglaterra
— filho de Isabel II —, Bill Clinton ou Donald Trump, foi condenado em
2008 por prostituição de uma menor na Flórida após um acordo controverso
com o Governo federal, e preso novamente em julho de 2019. Aguardava
novo julgamento por acusações federais de tráfico sexual com uma
possível pena de até 45 anos de prisão, quando foi encontrado enforcado
na cela de uma prisão de Nova Iorque.