Plano para a pequena pesca quer duplicar portos com infraestrutura para atividade
21 de dez. de 2022, 15:03
— Lusa/AO Online
Este
plano, que tem como objetivo reconhecer e distinguir a especificidade da
pequena pesca, através de políticas públicas nesse sentido, inclui,
entre várias medidas, um aumento a 100% do “número de portos com
infraestruturas flutuantes para a pequena pesca” e que terá como
entidades intervenientes a Docapesca, os municípios e as Direções
Regionais de Pescas dos Açores e Madeira.Entre
as medidas previstas para as infraestruturas, está também prevista a
adaptação de 80% dos portos “para abastecimento da frota da pequena
pesca com fontes de energia alternativas” e duplicar “o número de portos
com nova geração de estendal de redes para o armazenamento de artes da
pequena pesca”.“O presente plano tem como
principal objetivo assegurar a sustentabilidade da pequena pesca,
promovendo a transição energética, a digitalização num quadro de defesa
ambiental, o incremento do conhecimento e da competitividade do setor e a
valorização da atividade piscatória e dos seus profissionais”, lê-se no
mesmo diploma.“Acresce a aposta na
melhoria do estado do conhecimento dos produtos e serviços prestados
pelos ecossistemas marinhos e na implementação de sistemas de gestão
participados e com base local”, indicou, destacando que “os objetivos e
medidas elencadas no presente plano alinham-se com o enquadramento
estratégico definido na Estratégia Nacional para o Mar 2021-2030 e
contribuem para a concretização de várias medidas definidas no respetivo
Plano de Ação”.Assim, o plano conta com
vários objetivos, incluindo “melhorar o conhecimento e a investigação,
reforçando a cooperação entre cientistas e pescadores”, promover “a
modernização e a reestruturação da frota, tornando-a mais eficiente,
inovadora e segura”, aumentar “a atratividade da pequena pesca,
promovendo a formação profissional e a renovação geracional” e promover
“a valorização do pescado”.De acordo com o
diploma, “os objetivos e as medidas previstas no plano implicam
investimento e a criação de mecanismos de financiamento acessíveis”,
apontando “como possíveis instrumentos financeiros “o Fundo Europeu dos
Assuntos Marítimos, Pescas e Aquicultura (FEAMPA), o Plano de
Recuperação e Resiliência, o Orçamento do Estado, o Orçamento do Centro
de Formação Profissional das Pescas e do Mar — FOR-MAR, e da Docapesca —
Portos e Lotas, S. A.”.O diploma cria ainda uma comissão de acompanhamento para avaliar a implementação do plano.