Plano de reestruturação é vital para sustentabilidade futura
TAP
20 de ago. de 2020, 08:52
— Lusa/AO Online
“Como é do conhecimento de todos, na passada
segunda-feira, dia 17 de agosto, iniciaram-se os trabalhos de elaboração
do plano de reestruturação a apresentar à Comissão Europeia […].
Trata-se de um processo de vital importância para assegurar a
sustentabilidade futura da nossa TAP”, afirmou Miguel Frasquilho,
pedindo “a habitual dedicação e empenho” de todos, numa mensagem enviada
aos trabalhadores, a que a Lusa teve acesso. De
acordo com este responsável da transportadora portuguesa, os “primeiros
dias” vão servir para desenvolver um trabalho preparatório, recolher
informação, realizar entrevistas e definir “alguns aspetos relevantes
para o sucesso do projeto”.Miguel
Frasquilho notou que esta matéria está na esfera do Conselho de
Administração e tem um ‘steering committee' (comité diretivo que
supervisiona os projetos), que reuniu hoje pela primeira vez, formado
pelo próprio, pelo ‘chief operating officer’ (COO), Ramiro Sequeira,
pelo presidente da Comissão Estratégica, Diogo Lacerda Machado, e pelo
‘chief financial officer’ (CFO), Raffael Quintas.Miguel Malaquias Pereira, por seu turno, é o ‘project management office’ (PMO) do projeto. “Já
foram definidos vários pontos focais para diversas áreas, mas,
naturalmente, sendo um trabalho transversal ao grupo, este irá ser
realizado em conjunto com as diferentes equipas da empresa”, avançou. O
Conselho de Ministros aprovou em 17 de julho a concessão de um
empréstimo de até 1.200 milhões de euros à TAP, em conformidade com a
decisão da Comissão Europeia. Além do
empréstimo remunerado a favor do Grupo TAP de 946 milhões, ao qual
poderão acrescer 254 milhões, sem que, contudo, o Estado se encontre
vinculado à sua disponibilização, as negociações tinham em vista a
aquisição, por parte do Estado Português, “de participações sociais, de
direitos económicos e de uma parte das prestações acessórias da atual
acionista da TAP SGPS, Atlantic Gateway, SGPS, Lda.”.Desta
forma, o Estado Português passa a deter uma participação social total
de 72,5% e os correspondentes direitos económicos na TAP SGPS, pelo
montante de 55 milhões de euros.