Plano de contingência para aeroportos entra “na máxima afetação” de meios
4 de jul. de 2022, 15:51
— Lusa/AO Online
“O
plano entra hoje na máxima afetação de meios para a qual foi desenhado,
sendo que irá continuar a ocorrer uma monitorização, durante todo o
verão, por via do diálogo entre o Ministério da Administração Interna, o
Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), a ANA – Aeroportos de
Portugal e outras entidades relevantes em todo o processo, para que se
possam realizar, a cada momento, os ajustamentos necessários”, refere o
Ministério tutelado por José Luís Carneiro, em comunicado de balanço do
primeiro mês do plano de contingência Verão IATA 2022. Segundo
o Ministério da Administração Interna (MAI), o plano de contingência
para os aeroportos portugueses foi preparado para fazer face ao aumento
exponencial do desembarque de passageiros no período do verão, bem como à
realização de grandes eventos.O MAI
refere que o plano foi desenhado para “reforçar a capacidade de controlo
das fronteiras externas da União Europeia, garantindo a segurança do
Espaço Schengen e promovendo a fluidez no processamento dos passageiros
que entram e saem do país através das fronteiras aéreas”.O
MAI refere que foi feita a monitorização permanente e a avaliação
semanal do plano de contingência através de reuniões de acompanhamento.“Não
obstante o grande número de voos e o volume de passageiros controlados,
verificou-se a inexistência de constrangimentos assinaláveis, após o
início de implementação do plano, excetuando situações pontuais em
Lisboa e Faro”, assegura o MAI, sublinhando que “foi possível aumentar
significativamente a taxa de ocupação das boxes nos períodos
considerados de pico, permitindo assim um processamento mais célere dos
fluxos de passageiros”.O MAI frisa também
que “diminuíram substancialmente os tempos máximos de espera observados
nos aeroportos, em especial no aeroporto de Lisboa, onde “só muito
raramente atingiu os 60 minutos na última semana, ficando em regra muito
abaixo”.O Ministério avança que o plano
assenta no reforço substancial de recursos humanos afetos aos
aeroportos, novas soluções tecnológicas e operacionais.De
acordo com o MAI, 55 inspetores do SEF foram reafetados aos aeroportos,
25 dos quais foram colocados em Lisboa, 15 em Faro e 15 no Porto, e
foram também colocados 176 elementos da PSP com curso de controlo de
fronteiras ministrado pelo SEF, 42 dos quais iniciaram hoje a componente
prática nos aeroportos.No âmbito das
soluções tecnológicas, o MAI refere que está a ser feito uma
“atualização e monitorização constante dos equipamentos tecnológicos
disponíveis” e o” SEF Mobile e controlo antecipado de passageiros estão a
ser utilizados em controlos aleatórios em voos determinados ou em
grandes eventos”.O MAI dá conta do
alargamento, a 15 de junho, do Rapid4all (portas tecnológicas de
controle de passageiros – E-Gates) a Estados Unidos da América e Canadá,
permitindo esta solução o processamento de mais de 19.000 passageiros
destas nacionalidades à chegada a Lisboa.O
MAI garante também que as portas tecnológicas E-gates (RAPID) de
primeira geração estão “a funcionar em pleno e processam já cerca de um
terço dos passageiros nas entradas no aeroporto de Lisboa” e as
campanhas de sensibilização e de encaminhamento de passageiros foram
reforçadas, com aumento de pontos azuis da ANA (pessoal de apoio),
melhoria na gestão de filas e melhoria da sinalética.O
plano de contingência para os postos de fronteira dos aeroportos
portugueses para o período de junho a setembro de 2022 possui um
conjunto de medidas que estavam previstas ser implementadas gradualmente
até hoje.Entre as medidas consta um
reforço de 238 elementos do SEF e da PSP durante os meses de verão, mais
82% do que o efetivo atual nos postos de fronteira, passando a 529 o
efetivo dos aeroportos, e várias soluções tecnológicas.Segundo
MAI, o plano está a ser implementado numa época em que se verifica uma
elevada pressão sobre os sistemas aeroportuários na Europa e em
diferentes pontos do mundo, o que se traduz de forma generalizada no
cancelamento de voos, no aumento dos tempos de espera e noutras
perturbações que afetam os aeroportos, as companhias de aviação e os
passageiros.