PKK nega envolvimento no atentado que matou seis pessoas em Istambul
14 de nov. de 2022, 15:08
— Lusa/AO Online
"É bem conhecido por
todos que não temos qualquer ligação com esta ocorrência, que não
visamos civis e rejeitamos ações que o façam", sustentou o PKK num
comunicado publicado pela agência de notícias Firat, que é próxima do
movimento."Somos um movimento que está a
travar uma luta de libertação justa e legítima. (...) Portanto, está
fora de questão visar civis de qualquer forma na Turquia", acrescenta o
comunicado assinado pelo Centro de Defesa Popular do PKK.O movimento armado curdo acusou ainda o Governo turco de ter "planos obscuros" e de "mostrar Kobane como alvo".O
Ministro do Interior turco, Soumeylan Soylu, acusou ao inicio do dia de
hoje o PKK de ser o responsável pelo ataque e anunciou a detenção de 22
suspeitos, incluindo a pessoa que alegadamente colocou o explosivo. "De acordo com as nossas conclusões, a organização terrorista PKK é responsável" pelo atentado, acusou o ministro."A
pessoa que colocou a bomba foi presa (...) De acordo com as nossas
descobertas, a organização terrorista PKK é responsável" pelo ataque,
acrescentou Soylu, citado pela agência de notícias oficial turca Anadolu
e pelas estações de televisão locais.O
atentado aconteceu no domingo, na avenida Istiklal, uma zona comercial
de Istambul, a maior cidade da Turquia e capital económica do país.No
ataque, que ainda não foi reivindicado, morreram pelo menos seis mortos
e 81 ficaram feridas, metade das quais foram hospitalizadas. Todas as
vítimas são de nacionalidade turca.O
ministro também acusou as forças curdas que controlam a maior parte do
nordeste da Síria, consideradas terroristas por Ancara, de estarem por
detrás do ataque."Acreditamos que a ordem do ataque foi dada por Kobane", indicou.Os curdos sírios, tal como o PKK, já desmentiram qualquer ligação com o ataque, numa mensagem publicada no Twitter."Garantimos
que as nossas forças não têm qualquer ligação com a explosão em
Istambul e rejeitamos as acusações contra eles", disse Mazloum Abdi,
comandante-em-chefe das Forças Democráticas Sírias (SDF, na sigra em
inglês).Na batalha de Kobane, em 2015, as
forças curdas conseguiram repelir o grupo extremista Estado Islâmico
(EI). A cidade está sob controlo das Forças Democráticas Sírias, das
quais as Unidades de Proteção Popular (YPG), com base no PKK, são uma
componente importante.