PJ diz estar a acompanhar “desde o primeiro momento” ciberataque à TAP
13 de set. de 2022, 14:02
— Lusa/AO Online
“Estamos em
articulação com a TAP e o Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS), em
especial com a vítima. No entanto, uma vez que há crime (desta
natureza), é da competência da PJ e somos nós que avaliamos as
necessidades de recolha de informação”, afirmou à Lusa fonte do
órgão de policial criminal.De acordo com o
jornal Público, o grupo de ‘hackers’ Ragnar Locker, que havia
reivindicado no final de agosto a autoria deste ataque informático,
publicou ‘online’ na noite de segunda-feira informações pessoais
alegadamente pertencentes a 115 mil clientes da companhia aérea e
ameaçou divulgar mais dados.Questionada
pela Lusa, a TAP salientou que foi mobilizada desde o início “uma equipa
de especialistas externos de TI e peritos forenses para investigar o
sucedido e prevenir danos adicionais”, sem deixar de reconhecer que “os
atacantes conseguiram obter informações limitadas, em particular
determinados dados pessoais”.Em causa,
segundo a companhia, estarão informações como “nomes, detalhes de
contacto, informações demográficas e número de passageiro frequente”,
assegurando ainda que, “neste momento, não há qualquer indício de que
informações sensíveis, em particular, dados de pagamento, tenham sido
exfiltrados”. “É algo que vamos apurar agora e que estamos a apurar”,
acrescentou a fonte da PJ sobre um hipotético acesso a dados de
pagamento de clientes da TAP."Este
ciberataque visou prejudicar a TAP Air Portugal, bem como os seus
clientes. A TAP Air Portugal continua a tomar todas as medidas
necessárias para proteger os nossos clientes de quaisquer danos.
Lamentamos profundamente que alguns dos nossos clientes tenham sido
afetados por esta situação. Infelizmente, continuamos a assistir a
vários ciberataques em Portugal, pelo que temos de ser especialmente
cautelosos", concluiu a CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, na nota
divulgada pela companhia aérea.