PJ deteve jovem residente em Leiria suspeito de burlas pelo WhatsApp
26 de out. de 2022, 17:55
— Lusa/AO Online
Em
comunicado, o Departamento de Investigação Criminal de Leiria da PJ
refere que a detenção do suspeito deste tipo de burlas, em número ainda
não totalmente apurado, ocorreu “no seguimento de informação da
utilização de uma conta bancária, na qual estavam a ser depositados
valores oriundos de burlas, através de mensagens de WhatsApp, que
recentemente têm vitimado muitos cidadãos, publicitada como burla ‘olá
mãe ou olá pai”.“Reforçando os alertas já
emitidos e verificando-se um número crescente de denúncias por aquele
tipo de burla, a Polícia Judiciária alerta os cidadãos para, em momento
algum, satisfazerem pedidos via WhatsApp ou outras plataformas de
comunicação similares, sem confirmação prévia dos familiares, em nome de
quem são feitas as solicitações, de transferências de dinheiro”,
acrescenta o comunicado.À agência Lusa,
fonte da PJ esclareceu que “a investigação está numa fase muito precoce”
e “foi desencadeada na sequência de comunicação ao piquete” desta força
policial na segunda-feira relativa à “utilização fraudulenta de uma
conta bancária”.“Conseguiu-se determinar
um conjunto de três, quatro, eventualmente, cinco situações desse tipo
de burla que, infelizmente, tem surgido com muita frequência junto dos
nossos serviços”, assim como de outros órgãos de polícia criminal, como
Polícia de Segurança Pública (PSP) e Guarda Nacional Republicana (GNR),
acrescentou.Segundo esta fonte, “nas situações já comunicadas estão em causa valores aproximados na ordem dos seis mil euros”.A mesma fonte adiantou que o arguido, estrangeiro, “não tem atividade profissional” e “tem autorização de residência” no país.Constituído
arguido pela PJ, foi presente ao Ministério Público e por este
interrogado, manteve-se sujeito a termo de identidade e residência e foi
devolvido à liberdade, ainda segundo este responsável da PJ.A
fonte da PJ alertou que “está a banalizar-se este tipo de situações”,
pedindo aos cidadãos para que “não transfiram dinheiro sem previamente
se certificarem de quem é o solicitante”.Neste
caso concreto, os progenitores recebem mensagem “olá pai ou olá mãe”
com a indicação do novo número de telefone e pedido de dinheiro e, sem
se certificarem, transferem dinheiro, explicou, insistindo que aqueles
“têm primeiro de falar com a pessoa e confirmar se, efetivamente, é um
novo número do seu descendente”.