Pilotos garantem cumprimento de serviços mínimos que forem fixados
Greve geral
Hoje 09:18
— Lusa/AO Online
“O SPAC esclarece que, por motivos
de organização interna e de natureza estatutária, não dispunha de
condições objetivas para participar nas reuniões que decorreram nas
últimas semanas com vista à definição desses serviços mínimos”, disse, o
presidente do SPAC, Hélder Santinhos, em resposta a perguntas da Lusa.O
dirigente sindical disse que “essa ausência não deve, pois, ser
interpretada como recusa de princípio ou como qualquer desrespeito pelos
restantes sindicatos que, dentro das suas possibilidades, chegaram a
acordo com as companhias”.Segundo Hélder
Santinhos, “a greve geral de 11 de dezembro não constitui uma
contestação dirigida às companhias aéreas nem, muito menos, aos
passageiros”, tratando-se, defendeu, de “uma ação de protesto contra
políticas laborais e sociais mais amplas”.“Nesse
contexto, o SPAC considera absolutamente natural – e aliás legalmente
obrigatório – que sejam definidos e assegurados serviços mínimos que
garantam a satisfação de necessidades sociais impreteríveis,
designadamente as ligações às Regiões Autónomas e alguns voos
internacionais essenciais”, salientou.O
sindicato assegurou que “cumprirá os serviços mínimos que vierem a ser
fixados, quer por acordo com os sindicatos, quer por decisão do Tribunal
Arbitral, pondo à disposição as tripulações necessárias para a
realização dos voos que forem considerados indispensáveis”.Apelou
ainda “à compreensão dos passageiros afetados por eventuais
constrangimentos e reafirma o seu compromisso com a segurança e com o
serviço público de transporte aéreo, mesmo em contexto de luta
sindical”.O SPAC tem marcada uma
assembleia-geral extraordinária para 05 de dezembro, para que os pilotos
associados decidam se aderem à paralisação.As
companhias aéreas TAP e SATA e a SPdH, de assistência em terra em
aeroportos, acordaram com vários sindicatos a realização de serviços
mínimos na greve geral, segundo documentos publicados pela DGERT.No
caso da TAP, o acordo divulgado pela Direção-Geral do Emprego e das
Relações de Trabalho (DGERT) foi com o SITAVA - Sindicato dos
Trabalhadores da Aviação e Aeroportos, o Sitema - Sindicato dos Técnicos
de Manutenção de Aeronaves, o SIMA - Sindicato das Indústrias
Metalúrgicas e Afins e o SNPVAC - Sindicato Nacional do Pessoal de Voo
da Aviação Civil.