Autor: Ana Carvalho Melo
“Esta
decisão prova que os Pilotos quiseram e souberam negociar para
assegurar a possibilidade de futuro da empresa e da profissão, com
alternativas, com transparência, equilíbrio, rigor e responsabilidade”,
afirma o SPAC em comunicado.
E acrescenta: “Apesar de atrasos
evitáveis, de processos opacos ancorados em classificações de documentos
que nada acrescentaram à transparência, e de narrativas públicas
contraditórias que sugerem interesses ocultos contrários à privatização,
o SPAC respondeu com trabalho e profissionalismo, apresentando
soluções, criando alternativas, defendendo princípios e, sobretudo,
obtendo resultados.”
Segundo o sindicato, “fica assim reafirmado o
papel do SPAC como parte ativa e determinante na construção de um
caminho alternativo e responsável para a Azores Airlines”.
Neste
comunicado, é revelado ainda que, com este acordo, os pilotos quiseram
salvaguardar os postos de trabalho, a intangibilidade da remuneração
base e dos per diems, assim como o caráter estritamente transitório das
medidas, com prazo de vigência, metas objetivas, monitorização paritária
e auditoria pelo SPAC.
O SPAC realça que “a proposta final integrará
os mecanismos jurídicos necessários à vinculação do futuro Conselho de
Administração e assentará integralmente nos princípios acordados com o
Consórcio”.
O sindicato afirma ainda que “compete agora aos demais
intervenientes na privatização da SATA Azores Airlines, com idêntico
empenho, encontrar as soluções, assim o queiram, que assegurem a sua
potencial e desejável consecução, no melhor interesse de todos”.
“Fica
igualmente claro que não poderá ser imputada ao SPAC ou aos Pilotos da
Azores Airlines qualquer responsabilidade por um desfecho adverso e
globalmente prejudicial, seja ele qual for”, conclui o comunicado.