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Noite Branca
"Pidá e outros dois arguidos mataram Ilídio Correia"

 Um irmão do segurança Ilídio Correia, abatido a tiro no Porto em 29 de Novembro de 2007, associou esta terça-feira três elementos do grupo da Ribeira (Bruno P. “Pidá”, Mauro S. e Fernando M. “Beckam) àquele homicídio.


Autor: Lusa/AO Online

Depondo no âmbito do processo da “Noite Branca” relacionado com o terceiro homicídio da espiral violenta registada no Porto em 2007, Natalino Correia disse ao tribunal que viu aqueles três arguidos num plano superior àquele em que se encontrava a vítima.

Especificou que Bruno “Pidá” tinha uma arma em cada mão e admitiu que os outros também estivessem armados, tendo em conta o número de disparos que ouviu.

Acrescentou que Bruno Pidá terá perguntado em tom desafiador: “Então, ó pretos, agora não fazem nada?”.

Natalino, que fugiu dos atiradores pendurado num automóvel Smart, conduzido pelo Bruno, seu amigo e também testemunha neste processo, não soube precisar quem fez o disparou fatal que atingiu o seu irmão.

Aliás, disse que soube por outro irmão, Hélder, que Ilídio tinha sido atingido mortalmente.

“Liguei para o Ilídio, mas quem atendeu foi o Hélder que, a chorar, me disse que o meu irmão tinha morrido", disse.

Até agora, esta testemunha-chave respondeu apenas a perguntas da procuradora Luísa Simões, devendo ser questionado pelas defesas durante a tarde.

Também para a tarde, estão previstos depoimentos dos outros dois irmãos da vítima mortal.

Natalino descreveu com algum detalhe os incidentes que precederam o homicídio e situou o início dos “problemas” num conflito que envolveu o seu irmão Hélder e o grupo de Bruno “Pidá” em Agosto de 2007, junto à discoteca La Movida, na zona industrial do Porto.

Estão em julgamento nove arguidos, cinco dos quais terão tido implicação directa no homicídio do segurança de origem cabo-verdiana Ilídio Correia, de 33 anos.

Além dos três arguidos referidos hoje pela testemunha Natalino Correia, o Ministério Público acusa ainda pela prática do homicídio, em co-autoria, os arguidos Ângelo F. “Tine” e Fábio B. “Suca”.

Embora seja da responsabilidade de um colectivo das Varas Criminais do Porto, o julgamento realiza-se no Palácio da Justiça sob fortes medidas de segurança.