Petição reivindica “condições decentes” para porto de recreio das Lajes das Flores
30 de mai. de 2023, 16:07
— Lusa
A petição,
cujo primeiro subscritor é o presidente do Clube Naval de Lajes das
Flores, Jorge Ventura, apela ao Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) para
que tome as “medidas necessárias para instalar o quanto antes pontões
flutuantes no Núcleo de Recreio das Lajes das Flores, para que as
atividades náuticas recreativas, desportivas e profissionais não tenham
que estar em suspenso e sem condições até 2028”.Os
autores do documento, subscrito por 275 pessoas até ao momento, lembram
que o porto da ilha foi devastado pelo furacão Lorenzo em outubro de
2019, tendo os pontões flutuantes ficado destruídos. A reconstrução
total do porto está prevista terminar em 2028.“Como
não havia estrutura nenhuma afeta à marina além dos pontões flutuantes,
só estes foram destruídos, logo, substituindo os pontões e limpando o
fundo, a marina estaria operacional”, advogam.Contudo,
segundo dizem, o Governo Regional “decidiu encarar a obra do porto como
um todo, nem sequer tendo contemplado a hipótese de voltar a ter a
marina a funcionar muito antes da conclusão do molhe principal e dos
diferentes cais” da infraestrutura.Para os
peticionários, “não se tratam de grandes obras de engenharia”, sendo
apenas necessário “substituir pontões que alegadamente até já foram
pagos pelos seguros acionados aquando do desastre”.“Todos
reconhecemos a importância do turismo e o crescimento do mercado, mas
este ano, nas Lajes, há quatro embarcações marítimo-turísticas que
investiram para ter essa licença e que trazem valor à ilha, mas nenhuma
tem condições decentes de amarrar e embarcar e desembarcar os
passageiros”, avisam.A petição defende que
“é possível resolver o problema do núcleo de recreio com um
investimento mínimo e sem o fazer depender da conclusão das restantes
obras do porto” comercial das Lajes.Na
petição, lê-se que, antes de 2019, as Lajes (concelho com cerca de 1.408
habitantes) chegaram a receber 300 veleiros por ano, que dinamizavam a
economia local.“Passaram-se mais de três
anos e a [empresa pública] Portos dos Açores e a Secretaria Regional
[das Infraestruturas] não têm nada a dizer à ilha das Flores sobre o
porto de recreio a não ser que está incluído num projeto em curso cuja
conclusão está prevista para 2028”, criticam.Em
outubro de 2019, o furacão 'Lorenzo' destruiu o molhe do porto das
Flores, o único porto comercial da ilha, que voltou a ser afetado, em
dezembro de 2022, devido à passagem da tempestade Efrain.