Petição pede "estabilidade laboral" de trabalhadores em programas ocupacionais
22 de jul. de 2022, 16:14
— Lusa/AO online
No
documento, entregue no parlamento açoriano, e enviado à agência Lusa,
os peticionários referem que "em causa está o silêncio por parte do
presidente do Governo Regional", José Manuel Bolieiro, "a quem foi
entregue um manifesto com um conjunto de propostas".Os
peticionários criticam ainda "a ausência de medidas concretas para os
trabalhadores ao abrigo de programas ocupacionais e estágios".Em
maio, decorreu em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, uma
manifestação destes trabalhadores "contra a precariedade laboral do
pessoal não docente".Estes trabalhadores
consideram agora que, apesar da "manifestação pública e de terem
entregado as suas reivindicações ao presidente do Governo, nada
aconteceu e contribuiu para a saída de muitos trabalhadores".Segundo
alegam, estes trabalhadores, ao abrigo de programas ocupacionais, "são
extremamente necessários para o funcionamento das escolas".Reconhecendo
que "a falta de pessoal não docente é uma situação que se tem vindo a
agravar nos últimos tempos e que foi colmatada nos últimos anos com o
recurso a trabalhadores ao abrigo de programas ocupacionais e estágios",
estes profissionais reivindicam "a sua estabilidade e justiça laboral".Os peticionários manifestam a sua insatisfação perante as vagas anunciadas pelo Governo Regional para o ano de 2022.Sublinham
ainda que as vagas anunciadas deixarão "muitos trabalhadores no
desemprego" e que não servirão para garantir "a segurança e
acompanhamento que os alunos necessitam" no próximo ano letivo.Nesta
petição, intitulada “Pela garantia de um regular início do próximo ano
letivo nas escolas dos Açores”, que contou com mais de 500 assinaturas, é
solicitado ao Governo Regional, de coligação PSD/CDS-PP/PPM, a criação
de "um programa extraordinário" de integração dos trabalhadores ao
abrigo de programas ocupacionais que inclua também os trabalhadores que,
entretanto, "saíram das escolas" em 2022.Defendem
ainda "a prorrogação extraordinária" dos contratos dos trabalhadores ao
abrigo daqueles programas, "até à conclusão do processo efetivo de
integração" e "a revisão do número de postos de trabalho para o ano de
2022".A petição é dirigida ao presidente
da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, Luís Garcia, e à
secretária Regional da Educação e dos Assuntos Culturais, Sofia Ribeiro.No
documento, é referido que "até à data de início do próximo ano letivo
estarão terminados mais 268 programas, dos quais 137 ocupados ao abrigo
do PROSA.QUALIFICA", um programa ocupacional. Os
peticionários alertam ainda que "há também escolas em que a saída
abrupta destes trabalhadores não será colmatada com a entrada suficiente
de novos funcionários". Em 29 de junho, a
Secretaria Regional da Educação determinou a prorrogação extraordinária
de 232 contratos feitos com desempregados ao abrigo de programas
ocupacionais nas escolas dos Açores, uma medida "essencial para o
funcionamento regular" dos estabelecimentos de ensino.