Perto de 675 milhões de pessoas em todo o mundo vivem sem eletricidade
7 de jun. de 2023, 08:53
— LUSA/AO online
De acordo com o relatório, o mundo não está no
bom caminho para cumprir o objetivo de desenvolvimento sustentável,
adotado pelos Estados membros da Organização das Nações Unidas (ONU) em
2015, de garantir energia limpa e acessível para todos até 2030.O
mundo está a enfrentar "um recente abrandamento do ritmo global de
eletrificação", afirmou o vice-presidente do Banco Mundial, Guangzhe
Chen, em comunicado.E embora o número de
pessoas que vivem sem eletricidade tenha diminuído quase para metade na
última década, 675 milhões de pessoas continuavam sem tê-la em 2021.Cerca
de 80% delas vivem na África subsaariana, onde a falta de acesso à
eletricidade se manteve quase idêntica à situação em 2010."Embora
a transição para as energias limpas esteja a progredir mais rapidamente
do que muitos esperam, ainda há muito a fazer para proporcionar um
acesso sustentável, seguro e a preços acessíveis a serviços energéticos
modernos aos milhares de milhões de pessoas que deles estão privadas",
sublinhou o diretor executivo da Agência Internacional da Energia, Fatih
Birol, na declaração conjunta.Foram
feitos progressos em certas frentes, como o aumento da utilização de
energias renováveis no setor da eletricidade, mas não são suficientes
para atingir os objetivos da ONU.Ao citar
dados da Agência Internacional para as Energias Renováveis (IRENA), o
relatório mostra também que os fluxos financeiros públicos
internacionais para as energias limpas nos países de baixo e médio
rendimento diminuíram desde antes da pandemia de covid-19.De
acordo com o relatório, a dívida crescente e o aumento dos preços da
energia diminuem as perspetivas de alcançar o acesso universal a cozinha
e eletricidade limpas.De acordo com as
projeções atuais, 1,9 mil milhões de pessoas não terão acesso a métodos
de cozinha limpos e 660 milhões não terão acesso à eletricidade em 2030
sem novas medidas.Segundo a OMS, 3,2
milhões de pessoas morrem todos os anos de doenças causadas pela
utilização de combustíveis e tecnologias poluentes.