Perto de 400 testes realizados na prisão de Angra com resultado negativo
Covid-19
24 de abr. de 2020, 15:35
— Lusa/AO Online
"Estabelecimento
Prisional de Angra do Heroísmo. Testados 72 guardas prisionais, 22
funcionários civis, 271 reclusos e 22 ex-reclusos. Tudo negativo até
agora, aguardando-se apenas os resultados de sete reclusos e de um
ex-recluso", avançou Mário Belo Morgado numa publicação no Facebook.Já na quinta-feira, o
governante tinha usado a rede social para dizer que, a confirmarem-se
os testes negativos em todos os profissionais, reclusos e ex-reclusos,
pode-se concluir que "os dois ex-reclusos que contraíram covid-19 saíram
limpos da cadeia"."Independentemente
desses resultados, é incontornável que a necessidade de realizar testes
antes das libertações tem de ser aferida em concreto, não havendo até
agora indícios de qualquer recluso contaminado no interior do sistema
prisional, o que se deve a uma precoce gestão preventiva da atual
situação pandémica", considerou ainda o secretário de Estado na
publicação de quinta-feira.No mesmo dia, o
responsável da Autoridade de Saúde Regional dos Açores adiantava também
que todos os funcionários do Estabelecimento Prisional de Angra do
Heroísmo testaram negativo por covid-19, admitindo a possibilidade de os
casos dos ex-reclusos identificados serem “falsos positivos”.“Não
há nenhum dos funcionários do estabelecimento prisional que tenha
resultado positivo de infeção pelo novo coronavírus. Resta-nos concluir o
trabalho relativo às pessoas que estão enclausuradas, de modo a
concluirmos este apuramento que estamos a fazer”, afirmou Tiago Lopes.Na
segunda-feira foram detetados dois casos de infeção pelo novo
coronavírus em dois ex-reclusos que tinham sido libertados do
Estabelecimento Prisional de Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, ao
abrigo do perdão de penas, e que se encontravam em confinamento num
unidade hoteleira em Ponta Delgada (São Miguel).A
Autoridade de Saúde Regional dos Açores decidiu testar todos os
funcionários e reclusos do estabelecimento prisional em causa para
identificar possíveis novos casos e apurar a origem da infeção.Segundo
o responsável da Autoridade de Saúde Regional, é pouco provável que a
infeção, a confirmar-se, tenha ocorrido fora do estabelecimento
prisional, já que os ex-reclusos foram acompanhados até ao aeroporto e à
chegada à ilha de São Miguel foram encaminhados para uma unidade
hoteleira, onde permanecem em confinamento.