Autor: Lusa/AO Online
“No exercício de funções públicas, serviu o país com elevado sentido de responsabilidade, integridade e respeito pelas instituições democráticas, tendo liderado o Governo num período de importantes transformações políticas e sociais”, sublinhou Bolieiro numa nota de pesar.
O líder do executivo açoriano acrescentou que Francisco Pinto Balsemão “foi sempre um homem compreensivo da Autonomia Política das Regiões Autónomas, respeitador dos seus órgãos de Governo e amigo dos Açores, qualidades que demonstrou ao longo do seu percurso público e pessoal”.
“Jurista de formação, iniciou a sua carreira no jornalismo, tendo sido um dos fundadores do semanário Expresso, publicação que se tornou uma referência no panorama nacional. Mais tarde, viria a ser o impulsionador da criação da primeira estação privada de televisão em Portugal, a SIC, contribuindo de forma decisiva para o fortalecimento da liberdade de imprensa e para o pluralismo informativo”, salientou Bolieiro.
Na nota, é referido ainda que o antigo primeiro-ministro será recordado como “um homem de convicções firmes, discreto e íntegro, que dedicou a sua vida ao serviço público e à consolidação da liberdade e da democracia em Portugal”.
O presidente do Governo dos Açores manifestou “o mais profundo pesar” pela morte de Francisco Pinto Balsemão e apresentou “sentidas condolências à família, aos amigos e a todos quantos com ele partilharam o percurso pessoal e profissional, associando-se ao pesar nacional pelo desaparecimento de uma figura de inegável relevância na história contemporânea do país”.
Francisco Pinto Balsemão, antigo líder do PSD, ex-primeiro-ministro e fundador do Expresso e da SIC, morreu na terça-feira aos 88 anos.
A notícia da morte do militante número um do PSD foi transmitida pelo presidente social-democrata e primeiro-ministro, Luís Montenegro, durante uma reunião do Conselho Nacional do partido, em Lisboa.
Balsemão foi fundador, em 1973, do semanário o Expresso, ainda durante a ditadura, da SIC, primeira televisão privada em Portugal, em 1992, e do grupo de comunicação social Impresa.
Em 1974, após o 25 de Abril, fundou, com Francisco Sá Carneiro e Magalhães Mota, o Partido Popular Democrático (PPD), mais tarde Partido Social Democrata (PSD). Chefiou dois governos depois da morte de Sá Carneiro, entre 1981 e 1983, e foi, até agora, membro do Conselho de Estado, órgão de consulta do Presidente da República.