Pequim aplica restrições às viagens dos cidadãos nacionais
Covid-19
4 de ago. de 2021, 14:16
— Lusa/AO Online
As
medidas foram decididas após o surgimento em Nanquim de novos casos de Covid-19, um foco que se espalhou rapidamente tendo afetado até ao
momento 17 províncias.Para
evitar mais contaminações, Liu Haitao, um dos responsáveis pelo
Departamento de Emigração da República Popular da China, anunciou que
vai de "forma temporária" suspender a emissão de passaportes e de outros
documentos de viagem para o estrangeiro. A
medida vai aplicar-se aos "cidadãos chineses, a não ser que sejam
apresentados motivos de força maior", acrescentou o responsável em
declarações aos jornalistas. A duração da suspensão sobre documentos de viagem ainda não é conhecida. Desconhece-se
igualmente se os cidadãos que já tinham documentos de viagem estão
autorizados a deslocar-se ao estrangeiro ou se vão ser impedidos pelas
autoridades. Oficialmente,
a República Popular da China, país onde começou a pandemia de Covid-19,
anunciou 71 novos casos em 24 horas, um valor que ultrapassa os valores
máximos divulgados no passado mês de janeiro. Apesar
de ter sido anunciado como um novo valor máximo num dia, este balanço é
apontado como muito limitado, em comparação com os números registados
em outros países. Mesmo
assim, em termos de expansão geográfica a situação divulgada
oficialmente pelo regime de Pequim é a mais importante dos últimos
meses. Nas
regiões mais afetadas pela pandemia, as autoridades ordenaram a
suspensão dos transportes públicos e a circulação de táxis. Em
Pequim, onde as autoridades divulgaram, esta quarta-feira, a existência de três novas
contaminações, o acesso a um quarteirão residencial, onde vive um dos
pacientes, foi bloqueado, segundo a France Presse. Um
ano e meio depois do início da pandemia, o covid-19 regressou também a
Wuhan (centro), a primeira cidade do mundo onde se assinalou, em finais
de 2019, a existência do novo coranavírus. Três
novos casos foram confirmados na segunda-feira na cidade de Whuan,
habitada por 11 milhões de pessoas, de acordo com os dados oficiais.