Pedro Sánchez refere possível “genocídio” em Busha
Ucrânia
4 de abr. de 2022, 10:43
— Lusa/AO Online
"Vamos fazer tudo o que
estiver ao nosso alcance para que aqueles que cometeram estes crimes de
guerra não fiquem impunes e possam comparecer perante os tribunais,
neste caso perante o Tribunal Penal Internacional, para responder por
estes alegados casos de crimes contra a humanidade, crimes de guerra e,
porque não dizê-lo também, genocídio", disse Sánchez durante um fórum
económico.O chefe do Governo espanhol
insurgiu-se contra a "agressão injustificada" do Presidente russo,
Vladimir Putin, que "trouxe de novo a guerra à porta da União Europeia".Imagens
nas televisões e jornais de dezenas de corpos em valas comuns ou
espalhados pelas ruas dos arredores da capital ucraniana, no fim de
semana, na sequência da retirada russa, estão a chocar os países
ocidentais.O Presidente ucraniano,
Volodymyr Zelensky, acusou no domingo a Rússia de cometer "genocídio" na
Ucrânia, um dia depois de muitos corpos terem sido encontrados em
Busha. Sánchez é um dos primeiros líderes
europeus a utilizar o termo "genocídio", assim como o seu homólogo
polaco, Mateusz Morawiecki, que também hoje pediu a criação de uma
comissão de inquérito internacional sobre o "genocídio" na Ucrânia.O
número total de mortos ainda é incerto, mas, segundo a
Procuradora-Geral da Ucrânia, Iryna Venediktova, os corpos de 410 civis
foram encontrados nos territórios da região de Kiev recentemente
recapturados às tropas russas. A Rússia nega que qualquer irregularidade
tenha sido cometida na área.