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Pedro Sánchez ataca um PP "sem projeto" e "refém da ultradireita"

O primeiro-ministro e secretário-geral do Partido Socialista espanhol (PSOE), Pedro Sánchez, acusou em Madrid o Partido Popular (PP), o maior da oposição, de não ter "projeto político" e de ser "refém da ultradireita".


Autor: Lusa/AO Online

"Pouco ou nada se pode esperar da direita", lamentou Sánchez no seu discurso durante o Comité Federal do PSOE, reunião em que inaugura o ano político e que coincide com o segundo aniversário da sua investidura como chefe do Governo.

Para o primeiro-ministro espanhol, "o mínimo" que se pode pedir ao PP é "rigor e educação" quando fizer oposição.

Em contraste, Pedro Sánchez defendeu a "estabilidade" trazida pelo Governo de coligação, PSOE com o Unidas Podemos (extrema-esquerda), que enfrentou a "pior crise na saúde em cem anos".

A reunião do órgão máximo socialista entre congressos marca o começo de um novo ciclo eleitoral que terá início com as eleições na comunidade autónoma de Castela e Leão a 13 de fevereiro.

O líder do PP, Pablo Casado, não tem escondido nos últimos dias o seu objetivo para 2022: alcançar vitórias eleitorais nas regiões de Castela e Leão e, no caso de haver eleições antecipadas, também na Andaluzia.

Pablo Casado, que terminou 2021 à frente nas sondagens e perto de uma maioria absoluta, quer manter a dinâmica iniciada com a vitória de Díaz Ayuso na região de Madrid em maio do ano passado e roubar votos ao Vox (extrema-direita).

As próximas eleições gerais (legislativas) em Espanha deverão realizar-se daqui a menos de dois anos, em finais de 2023.

O atual Governo espanhol tem o apoio minoritário do PSOE (com 120 deputados) e Unidas Podemos (34), sendo as principais formações da oposição o PP (88) e o Vox (52), num Congresso dos Deputados (câmara baixa das Cortes) que tem 350 membros.