Pedro Nuno Santos diz que Montenegro “não é confiável” perante os pensionistas
PS
5 de dez. de 2023, 06:53
— Lusa/AO Online
“O
líder do PSD [Luís Montenegro] quando se apresenta perante os
pensionistas prometendo aumentar pensões, tem um grave problema, um
problema de falta de credibilidade. Ele tem que prometer fazer diferente
daquilo que [os social-democratas] sempre fizeram. Não é confiável”,
afirmou.Pedro Nuno Santos falava na
segunda-feira à noite, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, nos
Açores, onde participou num encontro com militantes e simpatizantes.Na
sua intervenção garantiu que “quando um líder do PS diz que quer
melhorar os rendimentos dos pensionistas, os pensionistas sabem que esse
líder do PS está apenas a dizer que quer continuar a fazer o que
andaram sempre a fazer”.“Porque aquilo que
nós fizemos, nos últimos oito anos foi, desde logo, permitir que a lei
de atualização das pensões funcionasse. Coisa que não funcionou durante
os anos deles, porque a congelaram. Mas, em cima disso, nós fizemos seis
aumentos extraordinários das pensões mais baixas que, aliás não
contaram com o voto favorável do PSD”, acrescentou.E
prosseguiu: “A diferença entre nós e eles é que nós temos credibilidade
quando aparecemos perante os pensionistas, perante quem trabalhou uma
vida inteira e perante os trabalhadores”. “Os
portugueses sabem que nós só estamos a prometer fazer o que temos
feito. E é isso que, obviamente, nós continuaremos a fazer”, garantiu.Depois
de reconhecer que no país ainda existem muitos problemas para resolver,
referiu que a diferença entre socialistas e social-democratas reside no
facto de os socialistas terem “uma relação diferente com o povo”: “Eles
não têm a empatia para sentir o problema dos outros”.Na
sua intervenção, o candidato às eleições diretas do PS também salientou
que os Açores são “uma oportunidade de desenvolvimento nacional”.“Portugal
é uma comunidade nacional e os Açores, dentro de Portugal, são uma
comunidade regional fortíssima. Não é assim que o PSD vê as nossas
sociedades. Nem Portugal, nem depois a Região Autónoma dos Açores. Para
eles, a sociedade é uma soma de indivíduos. Para nós não”, salientou.Questionado
pelos jornalistas sobre as declarações do Presidente da República sobre
o caso das gémeas residentes no Brasil que receberam no Hospital de
Santa Maria um tratamento com um dos medicamentos mais caros do mundo,
Pedro Nuno Santos não quis comentar, alegando que da sua parte “não deve
haver comentários sobre esse caso”.O
encontro de Pedro Nuno Santos com militantes e simpatizantes do PS em
Ponta Delgada contou com a presença de Francisco César, diretor da
campanha, e de Vasco Cordeiro, presidente do PS/Açores.Francisco
César disse que o candidato é “alguém de uma nova geração de políticos
que cresceu em democracia” e tem 46 anos: “Curiosamente, a mesma idade
que Francisco Sá Carneiro, que Cavaco Silva, que António Guterres, e até
Durão Barroso e Passos Coelho tinham quando chegaram a
primeiro-ministro”.Vasco Cordeiro, líder
do PS/Açores, justificou que apoia Nuno Santos porque para ser primeiro
ministro de Portugal “primeiro deve ser secretário-geral do PS”.“Eu
coloco o meu ombro ao lado do Pedro Nuno Santos, eu coloco os meus
braços ao lado dos braços do Pedro Nuno Santos, eu cerro fileiras pela
defesa deste Portugal inteiro que ele tão bem sintetiza na sua moção”,
afirmou.Às eleições diretas socialistas
apresentaram-se até agora três candidatos, o ex-ministro das
Infraestruturas Pedro Nuno Santos, o atual ministro da Administração
Interna, José Luís Carneiro, e Daniel Adrião, dirigente da linha
minoritária de oposição ao atual secretário-geral, António Costa.