Autor: Lusa/AO Online
Em comunicado, o autarca, que foi reeleito para o segundo mandato, diz-se disponível para “criar consensos que possam, para além de assegurar estabilidade, participação e responsabilidade, obter resultados concretos em benefício dos cidadãos que vivem, trabalham e visitam o concelho”.
Nas eleições autárquicas de 12 de outubro, o PSD conseguiu reeleger Pedro Nascimento Cabral para um segundo mandato, com 33,88% (10.400 votos) e três mandatos, mas perdeu a maioria absoluta de cinco vereadores que tem atualmente.
Em segundo lugar ficou o movimento Ponta Delgada Para Todos, encabeçado por Sónia Nicolau, que conseguiu 26,07% (8.003 votos), igualando o mesmo número de mandatos do PSD (três).
A coligação PS/BE/PAN/Livre ficou-se pelos dois mandatos, com 17,95% (5.509 votos), e o Chega conseguiu eleger um vereador pela primeira vez em Ponta Delgada, com 14,58% (4.477 votos).
Em “espírito de plena cooperação institucional”, adianta a autarquia, Nascimento Cabral convidou os vereadores eleitos pelo movimento Ponta Delgada para Todos e pela coligação Unidos por Ponta Delgada a integrar o executivo municipal, “propondo a atribuição de pastas executivas nas áreas da ação social, educação, desporto e juventude, cultura, mobilidade e turismo, tendo em conta as posições públicas convergentes nestas áreas”.
No entanto, os vereadores eleitos pelas referidas forças políticas “optaram por não assumir responsabilidades executivas, tendo o movimento Ponta Delgada para Todos apresentado, em alternativa, uma proposta de Memorando de Diálogo, assente na apresentação de um conjunto de medidas para debate”.
O presidente reeleito considera que o futuro do município “deve ser construído com base no diálogo institucional e na cooperação democrática, em torno de soluções que promovam o bem comum e perspetivem o futuro estratégico de Ponta Delgada, defendendo que este diálogo deve ser mantido com todas as forças políticas e movimentos de cidadãos que elegeram os seus representantes na Câmara Municipal e Assembleia Municipal”.
“A governação municipal deve assentar num diálogo permanente e construtivo com todas as forças políticas e movimentos que elegeram representantes para o município de Ponta Delgada. O objetivo comum deve ser encontrar as melhores soluções que promovam o bem-estar dos cidadãos e o progresso da nossa cidade e do nosso concelho”, referiu o autarca, citado na nota.
Segundo Nascimento Cabral, os resultados das eleições “transmitiram um sinal muito claro de que os cidadãos querem que o diálogo seja o caminho a seguir”.
“Cumpre respeitar essa determinação e trabalhar de forma colaborante para responder, com soluções concretas, aos desafios que Ponta Delgada enfrenta hoje e na próxima década. É esse o compromisso que assumimos para o novo mandato e que vamos honrar”, concluiu.
O presidente reeleito da maior autarquia dos Açores sublinha, ainda, que o futuro executivo “irá prosseguir um caminho de investimento responsável e desenvolvimento equilibrado, com foco em áreas estratégicas que consolidam o futuro do concelho e melhoram a qualidade de vida das pessoas”.
A tomada de posse do novo executivo está marcada para o dia 04 de novembro, às 15:00, no Coliseu Micaelense, segundo fonte da autarquia.
A líder da coligação Unidos por Ponta Delgada (PS/BE/PAN/Livre), Isabel Almeida Rodrigues, renunciou, na semana passada, ao mandato de vereadora na autarquia de Ponta Delgada.
Entretanto, o movimento Ponta Delgada para Todos, liderado por Sónia Nicolau, referiu hoje, em comunicado, que perante as “recusas de Pedro Nascimento Cabral, que em 2025 quer governar a autarquia com o resultado de 2021”, entende que “a melhor forma de servir os cidadãos neste mandato é exercendo plenamente o papel de oposição construtiva, com liberdade e autonomia para propor, fiscalizar e contribuir para as boas decisões do executivo”.