Pedro Catarino procurou ser ponte de diálogo entre Açores e República
1 de jan. de 2026, 09:00
— Daniela Arruda
Pedro Catarino, Representante da República para a Região Autónoma dos Açores, dirigiu-se aos açorianos numa mensagem de Ano Novo marcada pelo balanço dos quase 15 anos em que exerceu funções nos Açores. Este ano, assume um significado especial, uma vez que se aproxima o fim do seu mandato com a tomada de posse de um novo Presidente da República em março de 2026.Pedro Catarino sublinhou que procurou sempre exercer o cargo ao serviço de Portugal e dos Açores, servindo todos os portugueses e, em particular, os açorianos, assumindo-se como uma ponte de diálogo, cooperação e entendimento entre a Região e as instituições da República.Acrescentou ainda que pautou a sua atuação pública e privada por elevados padrões éticos, independência e respeito pela Constituição, tendo sempre presente a defesa dos interesses dos açorianos e da Região, conciliando-os com o interesse nacional.No plano regional, Pedro Catarino salientou o relacionamento “correto, franco e leal” que sempre manteve com os órgãos de governo próprio da Região Autónoma dos Açores. Explicou que sempre houve respeito pelas respetivas competências, bem como pelo papel dos partidos políticos.Deixou palavras de apreço e de reconhecimento aos presidentes do Governo Regional com quem trabalhou, Carlos César, Vasco Cordeiro e José Manuel Bolieiro, “pela forma digna como desempenharam as suas funções em prol dos Açores e de Portugal”, revelou.Manifestou igualmente reconhecimento aos presidentes da Assembleia Legislativa dos Açores, Francisco Coelho, Ana Luís e Luís Garcia, considerando essencial deixar “a palavra sincera de gratidão” ao órgão máximo de representação democrática dos açorianos, “com quem foi um privilégio trabalhar nestes 15 anos”. Concluindo: “Creio que trabalhámos e conjugámos os nossos esforços para o bem comum”.O Representante da República destacou que a vida política nos Açores decorreu sempre num quadro de respeito pelas regras democráticas, pelo Estado de Direito e pelas liberdades fundamentais, contribuindo para um clima de segurança, tranquilidade e coesão social.Salientou também a forte identidade cívica da Região, onde a portugalidade e a açorianidade se conjugam de forma harmoniosa, sem deixar de acompanhar um mundo em rápida transformação, marcado por desafios como as migrações, a digitalização e os riscos climáticos e de segurança.Pedro Catarino recordou que foi nomeado para o cargo pelo Presidente da República Aníbal Cavaco Silva, no seu primeiro mandato, e reconduzido pelo presidente Marcelo Rebelo de Sousa para o segundo e terceiro mandatos, destacando a relação de lealdade institucional e confiança que manteve com ambos.Perante este contexto, Pedro Catarino pediu aos açorianos “permissão para partilhar algumas reflexões” sobre a missão que desempenhou ao longo destes anos e sobre a ligação profunda que criou com a Região, ligação essa que completará 15 anos em abril de 2026.Na sua mensagem, destacou sentimentos de “gratidão e humildade” pela honra de representar o Estado na Região Autónoma dos Açores, defendendo a unidade nacional e a autonomia regional, conforme consagrado na Constituição da República Portuguesa.Num registo mais pessoal, Pedro Catarino afirmou considerar os Açores “uma das regiões mais bonitas e agradáveis do mundo para se viver”, destacando a qualidade de vida, as relações humanas e a excelência dos produtos da terra e do mar.Agradecendo de forma sentida o acolhimento que recebeu ao longo dos anos, extensivo também à sua mulher, afirmou que levará dos Açores uma recordação “preciosa”, que o acompanhará ao longo da vida.O Representante da República dirigiu votos de felicidade a todos os açorianos, nas nove ilhas e na diáspora, desejando que o novo ano corresponda às legítimas expectativas de cada um e que traga saúde, paz e prosperidade: “Votos de um 2026 pleno de saúde, prosperidade e, não obstante o contexto internacional, paz”, estes são os desejos de Pedro Catarino.