Peditório da Liga contra o cancro acontece em altura que crescem pedidos de apoio
28 de out. de 2024, 12:15
— Lusa/AO Online
“A sociedade
portuguesa tem, neste momento, dificuldades económicas, dificuldades
sociais, e os pedidos que chegam à liga são crescentes”, afirmou Vítor
Veloso, realçando a importância do peditório, uma das principais fontes
de financiamento da instituição. Dados da
LPCC indicam que, em 2023, a instituição disponibilizou mais de 1,5
milhões de euros para compra de medicamentos, próteses, transporte para
consultas e tratamentos, e alimentação dos doentes mais carenciados, num
total de 17.864 doentes.“Como é evidente,
nós só conseguimos dar voz e dar a resposta a estas situações se,
efetivamente, tivermos um suporte económico adequado para que isso
aconteça”, comentou Vítor Veloso.O
peditório vai contar com a ajuda de cerca de 20 mil voluntários que vão
estar devidamente identificados a pedir junto de cemitérios, de igrejas,
grandes superfícies, e também nas principais ruas e avenidas das
cidades do país.Vítor Veloso apelou para
que “este peditório seja, mais uma vez, um meio da população portuguesa
mostrar a sua generosidade e o apoio à Liga Portuguesa Contra o Cancro”,
para que o apoio dado aos doentes, famílias e sobreviventes “seja
contínuo e crescente” e a Liga possa continuar a realizar as suas
atividades.“Este é um esforço coletivo que
nos une em torno de uma causa que toca a todos. Cada contribuição, por
menor que seja, pode fazer uma diferença significativa na vida de quem
enfrenta esta doença”, declarou.Pediu
também à população para que “trate bem” os voluntários que “dão bondade e
horas da sua vida” para uma causa que “é extremamente importante”.Com
música cedida pelo músico Jorge Palma, a campanha deste ano do
Peditório Nacional é protagonizada por pessoas reais que sofrem de
cancro e desafiam Portugal a partilhar o seu “peso”. Com
o mote “alguém pode ficar com um bocadinho do meu cancro?”, o filme da
produtora “The End”, com a execução criativa da Lola Normajean, a
campanha pretende sublinhar a importância da partilha para reduzir o
impacto da doença, porque “um cancro é uma coisa muito pesada para uma
pessoa só”. Vítor Veloso agradece a forma
generosa como a população tem participado nos peditórios anteriores e
renova o apelo à participação seja através das doações, do voluntariado
ou promovendo o Peditório Nacional nas redes sociais.No peditório realizado no final de 2023, a LPPC angariou 1.633.944 euros, mais 3% relativamente ao ano anterior. Portugal
mantém uma alta incidência de cancro, com mais de 69.000 novos
diagnósticos registados em 2022, segundo o Global Cancer Observatory da
Organização Mundial de Saúde. O cancro
permanece como uma das principais causas de morbilidade, incapacidade e
mortalidade no país, afetando as várias dimensões da vida dos doentes,
famílias e sociedade.