PCP recusa negociar com o Governo e promete combate às opções políticas na AR
OE2025
10 de set. de 2024, 15:32
— Lusa/AO Online
Esta
posição foi assumida pela deputada Paula Santos no final da reunião
sobre o Orçamento do Estado para 2025, no parlamento, com o ministro de
Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, o ministro da
Presidência, António Leitão Amaro, e o ministro dos Assuntos
Parlamentares, Pedro Duarte.“Não temos
qualquer negociação com o Governo", disse Paula Santos, prometendo
apresentar propostas no debate orçamental com "soluções concretas para
dar resposta aos problemas que o país tem”.O
PCP reiterou que as prioridades do Governo “são contrárias” às
identificadas pelo partido e destacou a necessidade de ser encetada uma
“valorização efetiva dos salários e das pensões”, em vez de se reduzir o
IRS que, disse, só “favorece sobretudo os grupos económicos”.“O
país precisa de contratar, de fixar profissionais de saúde no SNS para
que os serviços públicos de saúde funcionem de forma adequada, que não
encerrem como tem acontecido nestes últimos meses, para que os utentes
tenham médico”, defendeu a líder parlamentar do PCP.Paula
Santos afirmou também que, "conhecendo o programa de Governo", o
partido não teve “nenhuma surpresa” com os números do cenário
macroeconómico que foram avançados pelo executivo, embora sem detalhar
qualquer número deste cenário.“Aliás, o
PCP foi o partido que no início desta legislatura afirmou com todas as
palavras que iríamos dar combate a este programa e que da nossa parte
ele nem sequer seria implementado no nosso país”, acrescentou a deputada
comunista.A deputada concluiu que este
não será o “orçamento que vai dar resposta aos problemas do país”,
alegando que “vai prosseguir um caminho de desigualdade, de injustiça,
de favorecimento do grandes interesses”.