PCP reconhece que resultado da CDU ficou “aquém do necessário”
4 de fev. de 2024, 23:56
— Lusa
Em
conferência de imprensa na sede nacional do PCP, em Lisboa, Paulo
Raimundo destacou que, apesar de a CDU ter registado um ligeiro aumento
de votos em comparação com 2020 - dos 1.745 então registados, passou
para 1.823 -, ficou a “84 votos” de eleger um deputado.“É
um resultado aquém do necessário, aquém do que precisávamos para
influenciar diretamente a correlação de forças na Assembleia
Legislativa Regional dos Açores”, admitiu. Para
o líder comunista, neste resultado, “pesaram o silenciamento a
discriminação de que a CDU foi alvo, pesou a dinâmica de bipolarização
artificial, particularmente nesta fase final, entre PS e PSD, para
iludir o facto de que, ao longo das quatro últimas décadas, se
alternaram no poder sem que se verificassem alterações profundas na vida
dos açorianos”.“Uma bipolarização
forçada, assente no objetivo de PS e PSD alcançarem uma maioria
absoluta, desta vez usando e agitando o Chega e o chamado risco da
ingovernabilidade como instrumento para desvalorizar os caminhos e as
opções políticas necessárias e que respondessem ao problema da vida dos
açorianos”, afirmou. O secretário-geral do
PCP defendeu que este resultado “não é bom para os Açores, não é bom
para os açorianos”, e considerou que a ausência de deputados da CDU no
parlamento regional vai tornar “ainda mais evidente aquilo que já ficou
evidente durante estes últimos quatro anos, que é a falta que a CDU faz
na vida política da região”.“O resultado
eleitoral representa um Governo de coligação de direita, liderado pelo
PSD, e seja qual for a expressão da base eleitoral e que arranjos se
venham a desenhar, significa um programa de Governo de continuação de
prática antipopulares que ao longo dos quatro anos os partidos da
coligação de direita, com o apoio ativo do Chega e da IL, impuseram à
região”, afirmou.