PCP lamenta morte de Paulo Valadão, histórico do partido nos Açores
23 de nov. de 2017, 11:25
— Lusa/AO online
Numa
nota enviada à agência Lusa, a Direção da Organização da Região
Autónoma dos Açores (DORAA) do PCP “lamenta profundamente o prematuro e
inesperado desaparecimento deste seu empenhado e ativo membro”,
apresentando “sentidas condolências a toda a família de Paulo Valadão”,
que morreu na quarta-feira à tarde vítima de paragem
cardiorrespiratória.Na
mesma nota, a DORAA “envia um fraterno abraço solidário ao deputado
regional do PCP, João Paulo Corvelo, sobrinho de Paulo Valadão, e
manifesta “sentida solidariedade a todos os militantes do PCP e
ativistas da CDU da ilha das Flores” que recentemente participaram numa
“excelente e vitoriosa campanha autárquica” no concelho. Paulo Valadão, de 68 anos, era membro da DORAA desde 1976 e responsável pela organização do partido na ilha das Flores.Professor
primário e médico veterinário, iniciou a sua vida profissional como
professor, passando, a partir de 1978, a exercer medicina veterinária
nas Flores.Segundo
a DORAA, a ligação de Paulo Valadão ao PCP data de 1974, tendo
trabalhado “intensamente na construção da organização” do partido nesta
ilha, associando “sempre esse trabalho político à denuncia das situações
negativas e à apresentação de justas reivindicações que visavam
enfrentar e resolver sérios problemas” nas Flores e ainda no Corvo.“Foram
anos intensos de ação política, esclarecimento e reivindicação”,
adianta o partido, referindo que “esta intensa atividade criou uma base
social de apoio às posições da CDU, que se materializou em apoio
político” e “permitiu a eleição de Paulo Valadão como deputado regional
do PCP em outubro de 1988”, o que sucedeu mais três vezes, até 2004.Paulo
Valadão foi também presidente da Junta de Freguesia dos Cedros e em
vários mandatos membro da Assembleia Municipal de Santa Cruz das Flores.“O
contributo de Paulo Valadão para a luta do PCP e da CDU nos Açores, no
plano político regional geral e no plano institucional, foi de uma
enorme importância, quer para a normalização da vida democrática, quer
para a clarificação do funcionamento do sistema autonómico, quer para a
criação de mecanismos justos de compensação pelos custos da
insularidade, quer ainda para a dignificação, valorização e resolução de
problemas muito agudos na ilha das Flores e outras ilhas muito
isoladas”, acrescenta a nota do PCP.