PCP insta Governo a procurar respostas "possíveis" em vez de "dramatizações políticas"
OE2022
19 de out. de 2021, 16:48
— Lusa/AO Online
“São
exigidas respostas para os problemas e não dramatizações políticas”,
disse Jerónimo de Sousa, enquanto discursava durante uma sessão
intitulada “Envelhecer com direitos. Surto epidémico. As respostas
necessárias”, no Centro de Trabalho Vitória, em Lisboa.O
dirigente comunista sustentou que as propostas que o partido colocou em
cima da mesa durante as negociações do Orçamento do Estado para 2022
(OE2022) “não só são necessárias como são possíveis”.Jerónimo
de Sousa também ironizou as declarações feitas por “um daqueles
comentadores de cadeira fixa” para exemplificar o impasse com o Governo.O
“comentador de serviço” fez a “síntese das sínteses” sobre as opções do
Governo e sobre os “limites que não podem ser ultrapassados”.“O
que era? Défice, dívida e, dizia também, as leis laborais. Em síntese,
demonstrou que o Governo do PS tem um problema. Não tem dúvidas da
justeza destas propostas [do PCP], mas fez opções, fez escolhas”,
completou o membro do Comité Central. O
PCP recusa “todas as pressões”, mas o dirigente comunista enviou um
recado ao Governo: “Até à sua votação na generalidade ainda é tempo de
encontrar respostas”.Depois de ouvir
vários elementos do MURPI – Confederação Nacional de Reformados
Pensionistas e Idosos e da Inter-reformados/CGTP-IN sobre as
dificuldades económico-financeiras enfrentadas pelos pensionistas, o
secretário-geral do PCP disse que o partido propõe a rutura “com a ideia
de que o aumento da esperança de vida é um fardo social insustentável
para o erário público”.Melhorar as
condições de vida dos pensionistas, prosseguiu, passa também pelo
Orçamento do Estado, mas o executivo socialista “teima em não dar um
sinal de inversão na necessária reposição do poder de compra, de todos
os reformados e pensionistas com pensões acima dos 658 euros”.“A
questão não está em saber se há um qualquer Orçamento, mas sim em
garantir que esse Orçamento e o que ele traduz de opções para além dele
dê um sinal claro de um caminho que responda aos problemas dos
trabalhadores e do povo”, assim como para “a vida dos reformados”,
considerou Jerónimo de Sousa.A proposta de
OE2022 apresentada pelo Governo, “mais uma vez”, falha em resolver “os
problemas e a injustiça nas pensões dos trabalhadores em situação de
desemprego de longa duração, nem tão pouco para com os trabalhadores que
se reformaram com pesados cortes” nos valores das pensões.