PCP/Açores quer mais informações sobre privatização de fábrica da Santa Catarina
3 de ago. de 2018, 16:38
— Lusa/AO Online
"Sobre
as várias questões que se levantam neste processo importa informar os
trabalhadores e a população em geral se o processo de privatização irá
avançar e, neste caso, qual a estratégia para a compra da empresa, quais
são os interessados e que garantias existem para a continuidade desta
importante indústria do setor conserveiro nos Açores", frisam os
comunistas, em nota de imprensa.A
fábrica em causa é atualmente a principal empregadora na ilha de São
Jorge, com 139 funcionários, sendo a sua grande maioria do sexo feminino
(120). "Pelo
número de postos de trabalho garantidos e pela grande mais valia que
constitui a sua produção, esta fábrica tem um peso muito significativo
na economia da ilha de São Jorge que deve ser protegido", prossegue o
PCP, representado no parlamento dos Açores pelo deputado João Paulo
Corvelo.Em
causa está o processo de reestruturação do setor público empresarial,
anunciado recentemente pelo presidente do Governo dos Açores, Vasco
Cordeiro, que inclui a extinção de algumas empresas públicas, como a
SPRIH, a SATA SGPS (uma das empresas do grupo SATA) e a Associação
Portas do Mar, mas também a alienação de capitais públicos em várias
outras empresas.No
caso da fábrica de Santa Catarina, uma conserveira que o Governo
adquiriu em 2009, para evitar que encerrasse, a intenção do executivo
açoriano é alienar agora a participação que a empresa de lotas dos
Açores (Lotaçor) detém naquela unidade fabril.