PCP/Açores propõe fixação de preços aumento de salários
Crise/Inflação
29 de set. de 2022, 11:50
— Lusa/AO Online
“Não só é preciso
travar estes aumentos, fixando um valor máximo para os combustíveis e
para um cabaz de bens alimentares essenciais, mas é necessário enfrentar
a situação com medidas decididas de valorização de salários e pensões”,
afirmou o coordenador do PCP nos Açores, Marco Varela, numa conferência
de imprensa em Angra do Heroísmo.No
balanço de uma visita de dois dias à ilha Terceira, o dirigente
comunista alertou para “o aumento dos preços dos combustíveis, da
energia e de todos os bens essenciais”.Marco
Varela criticou a “apatia” do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) e
insistiu no aumento do acréscimo regional ao salário mínimo nacional de 5
para 7,5%, proposta que os comunistas apresentam há vários anos.Defendeu
ainda um “aumento efetivo da remuneração complementar, acima dos 15%”, o
aumento do complemento regional de pensão e o alargamento da
gratuitidade das creches (disponível atualmente até ao 13.º escalão) a
todos os escalões.“O aumento dos
rendimentos dos açorianos é um instrumento fundamental para a
dinamização da economia interna e a diminuição da dependência externa,
mas este governo pouco faz e quando faz é com timidez, não utilizando ma
sua plenitude os instrumentos autonómicos que tem ao seu dispor”,
apontou.O dirigente comunista considerou
ainda “escassas” as medidas do executivo açoriano na área da habitação,
defendendo o aumento do parque habitacional “com rendas a custo
controlado” e o acesso à possibilidade de aquisição de habitação
igualmente a custo controlado.Em Angra do
Heroísmo, onde se reuniu com o Sindicato dos Professores da Região
Açores e com o Instituto Histórico da Ilha Terceira, o coordenador do
PCP apelou a um reforço de verbas no próximo Orçamento da Região nas
áreas da Educação e da Cultura.Marco
Varela alertou para a falta de professores no arranque do novo ano
letivo e para a "carência de assistentes operacionais" em várias
escolas, acusando o Governo Regional de “promover a precariedade e a
instabilidade laboral”.“Acaba-se com os
programas operacionais e só depois disso e tardiamente se verifica que é
necessária a abertura de concursos para a contratação de trabalhadores.
A juntar a estes problemas, persiste a suborçamentação das verbas para
manutenção do parque escolar, como também a necessidade de reforçar
incentivos à fixação de professores nas diversas ilhas”, salientou.