PCP/Açores pede novo acordo coletivo de trabalho para setor do Turismo
21 de jan. de 2019, 12:54
— Lusa/AO Online
"Nos
últimos anos temos assistido a um aumento exponencial das receitas das
empresas dos serviços turísticos nos Açores, gerando lucros imensos aos
seus proprietários. Mas notamos que os trabalhadores do setor turístico
continuam com vínculos laborais absolutamente precários, remunerações
sempre demasiado baixas e cargas horárias muito elevadas", sinalizou
hoje o coordenador regional dos comunistas, Vítor Silva.Em
nota enviada à imprensa, o dirigente do PCP diz que a "redistribuição
da riqueza" no setor do Turismo "parece não existir" nos Açores, já que
"quem produz essa riqueza com o suor do seu trabalho continua a viver em
condições sociais muito débeis"."É
absolutamente imperioso e urgente que no setor do turismo nos Açores
seja celebrado um novo acordo coletivo de trabalho para toda a região,
com uma justa atualização da tabela salarial que repercuta uma
redistribuição social da riqueza gerada", prosseguiu.O
texto de hoje do PCP enviado à imprensa segue-se a uma reunião da
Direção da Organização da Região Autónoma dos Açores (DORAA) do partido,
que esteve reunida no fim de semana em Ponta Delgada "para a análise da
situação política social nacional e regional", tendo ainda sido
definidas as principais linhas de intervenção política e as prioridades
de trabalho do PCP Açores para 2019."A
DORAA do PCP voltou a definir como prioridade da sua intervenção, pelo
terceiro ano consecutivo, a pobreza e exclusão social na região",
sustentando os comunistas que a estratégia do executivo neste campo
"mais não é que um rol de boas intenções apenas para constar, pois
quando se trata de combater na prática a pobreza o Governo muito
convenientemente se coloca do lado daqueles que irresponsável e
egoisticamente a promovem".O
PCP/Açores pede ainda o aumento do complemento regional ao salário
mínimo nacional dos 05% para os 7,5%, proposta que "visa diminuir o
significativo fosso salarial que separa os trabalhadores açorianos dos
do continente"."Como
temos afirmado, esta é uma medida de elementar justiça para reaproximar
o nível de vida dos trabalhadores açorianos da média nacional. Na nossa
região, cerca de 40% dos trabalhadores auferiam menos de 610 euros
mensais e quase 70% vive com rendimentos inferiores a 900 euros mensais,
uma realidade que faz dos Açores uma das regiões do país com maior
concentração de baixos salários", lamenta o partido.